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Tribunal pede à Geórgia para "garantir segurança" de Saakachvili
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) ordenou hoje à Geórgia que "garanta a segurança" do ex-Presidente Mikheil Saakachvili, detido desde 01 de outubro e em greve de fome há 47 dias.
© Getty Images
Mundo Geórgia
Na sequência de um acórdão de urgência, o tribunal pediu em 10 de novembro ao Governo georgiano que "garanta a segurança na prisão" do ex-chefe de Estado, que lhe forneça "os cuidados médicos apropriados" e que o informe "sobre o seu estado de saúde", indica um comunicado hoje divulgado.
Presidente pró-ocidental de 2004 a 2013, e agora considerado o líder da oposição, Saakachvili, de 53 anos, regressou em 01 de outubro à Geórgia após um exílio de oito anos.
Detido de imediato, foi enviado para uma prisão em aplicação de uma condenação por "abuso de poder" que considera uma decisão política.
Em resposta, o ministro da Justiça da Geórgia, Rati Bregadze, garantiu hoje que a unidade onde Saakachvili está internado "possui todos os equipamentos necessários para controlar o estado de saúde do prisioneiro".
"Saakachvili nunca foi privado da assistência médica de que necessitava", insistiu o ministro em conferência de imprensa.
O ex-Presidente iniciou uma greve de fome em protesto contra a sua detenção, e foi transferido para um hospital-prisão em 08 de novembro.
Os serviços penitenciários justificaram a medida para "evitar o agravamento do seu estado de saúde".
Mikheil Saakachvili afirmou recear pela sua vida no decurso desta transferência, e assegurou ter sido maltratado pelos guardas.
Em 09 de novembro, os Estados Unidos apelaram a Tbilissi para "garantir a saúde mental e assistência médica" a Saakachvili, devido à degradação do seu estado de saúde.
No mesmo dia, cerca de 40.000 pessoas manifestaram-se numa praça central de Tbilissi em apoio ao opositor.
"Está a iniciar-se na Geórgia um movimento de protesto que só vai parar quando Mikheil Saakachvili for libertado e organizadas eleições antecipadas", assegurou, na ocasião, Nika Melia, presidente do Movimento Nacional Unido (MNU), fundado pelo ex-chefe de Estado.
Leia Também: Dezenas de milhares em manifestação de apoio a Saakashvili na Geórgia
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