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Forças iemenitas retiram-se de cidade portuária para defender bastião
As tropas iemenitas apoiadas pelos Emirados Árabes Unidos (EAU) retiraram-se da cidade portuária controlada pelos Houthis de Al-Hodeida, no Mar Vermelho, para defender a localidade estratégica de Marib (norte), onde os rebeldes levam a cabo uma ofensiva.
© iStock
Mundo Iémen
O comando das forças conjuntas, que agrupa as forças apoiadas pelos EAU, disse num comunicado que esta "redistribuição" das suas forças de Al-Hodeida está a ter lugar para "apoiar as forças governamentais" em defesa da cidade estratégica de Marib, rica em petróleo, que está sitiada pelos rebeldes Houthis.
Entretanto, fontes Houthis confirmaram à Efe que as Brigadas dos Gigantes, que constituem as forças pró-governamentais, se retiraram das suas posições no Leste de Al-Hodeida.
Como resultado da retirada, os Houthis assumiram hoje o controlo dos distritos de Al-Duraihimi e Al-Tuhaita, no sul da cidade.
Os residentes de Al-Hodeida também confirmaram à Efe que a estrada principal que liga a capital Sanaa à cidade portuária foi reaberta hoje depois da retirada das forças leais ao Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, que a têm bloqueada desde finais de 2018.
Os EAU fazem parte da coligação árabe liderada pela Arábia Saudita desde 2015 contra os Houthis, embora Abu Dhabi tenha retirado as suas forças do Iémen em 2019 e entregue o controlo de áreas no sul e sudoeste do país às forças locais que treinou, armou e financiou.
Marib é o último reduto das forças governamentais no norte do país e é considerado estratégico porque é rico em petróleo e o principal ponto de ligação a outras cidades do sul do Iémen.
Os rebeldes Houthi, que pegaram em armas contra o Governo de Abdo Rabu Mansur Hadi em 2014 e tomaram várias cidades no norte, incluindo Sanaa, têm vindo a desenvolver uma ofensiva militar há mais de nove meses para tomar Marib, que tem 14 distritos, dos quais a milícia xiita já controla pelo menos oito.
Para travar o seu avanço, a coligação árabe intensificou os ataques aéreos no último mês em apoio às forças de Hadi e informou da morte de mais de 2.000 Houthis durante aquele período, de acordo com relatórios oficiais da imprensa saudita.
Leia Também: Berlim saúda "êxito" da UE após Ancara proibir voos para Minsk
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