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COP26: Fundações e governos anunciam ações de filantropia

Várias fundações e pessoas individuais divulgaram durante a conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas, que tinha sido adiada um ano devido à pandemia do novo coronavirus, compromissos filantrópicos de doações para combater o problema.

COP26: Fundações e governos anunciam ações de filantropia
Notícias ao Minuto

06:56 - 12/11/21 por Lusa

Mundo COP26

Várias fundações públicas e privadas comprometeram-se em dedicar 1,7 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) para grupos indígenas e outros que estejam a trabalhar na proteção das florestas, considerada uma estratégia chave para a absorção das emissões de dióxido de carbono.

"Temos de pôr o dinheiro fora de casa", disse o responsável pelo programa dos recursos naturais e alterações climáticas da Fundação Ford.

Esta fundação comprometeu-se com 100 milhões de dólares para apoiar grupos indígenas nos seus direitos à terra e na conservação das florestas.

Entre outros doadores estão o Christensen Fund, o Sobrato Philanthropies e o Good Energies, bem como as fundações Hewlett, Oak e Packard.

Aqueles 1,7 mil milhões incluem promessas dos governos do Reino Unido, Alemanha, Países Baixos, Noruega e Estados Unidos.

Doações filantrópicas ou iniciativas com este carácter têm sido anunciadas recentemente, casos do Fundo da Terra, de Jeff Bezos, da Iniciativa Chan Zuckerberg o de outros compromissos assumidos pelas fundações Ikea e Rockefeller.

Agora, que está a decorrer a conferência da ONU e Joe Biden está na Casa Branca, há um maior envolvimento

O financiamento com caráter filantrópico destinado às alterações climáticas estava em alta antes da pandemia, disse Larry Kramer, president da Fundação Hewlett, que participou na iniciativa para a redução das emissões de metano.

Esta dinâmica foi afetada pela pandemia e pelo subsequente adiamento da cimeira de Glasgow.

Mas agora que a conferência está em curso e Joe Biden é o novo presidente dos EUA, há uma tendência de aumento da filantropia, afirmou Kramer.

Esta chegada de dinheiro fresco renovou o debate sobre onde este deve ser mais bem aplicado para ajudar a alcançar os objetivos globais relacionados cm o aquecimento global.

Alguns peritos, como Ana Baptista, diretora associada do Tishman Environment and Design Center, da nova-iorquina New School, espera que mais dinheiro seja destinado a movimentos de ativistas, em particular os liderados por indígenas e pessoas de cor, que são os mais afetados pias alterações climáticas.

Na sua opinião, há demasiado dinheiro reservado a desenvolvimentos tecnológicos de rutura, que não respondem aos problemas políticos e energéticos que têm sido baseados no racismo e colonialismo.

Leia Também: COP26: Falta de consenso pode adiar o fim cimeira

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