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Especialistas: Golfo da Guiné cada vez mais exposto à pirataria marítima

As águas do golfo da Guiné, ricas em hidrocarbonetos e recursos haliêuticos, estão cada mais expostas à pirataria, afirmaram responsáveis ligados à segurança da região, reunidos em Pointe-Noire, na República do Congo.

Especialistas: Golfo da Guiné cada vez mais exposto à pirataria marítima
Notícias ao Minuto

19:53 - 08/11/21 por Lusa

Mundo Golfo da Guiné

"Este espaço é uma das zonas-chave para o comércio internacional (...) rico em hidrocarbonetos que representam um quarto das reservas mundiais", afirmou o primeiro-ministro congolês, Anatole Collinet Makosso, que presidiu à abertura do simpósio organizado com o Ministério da Defesa francês.

Todavia, alertou, "trata-se de uma zona marítima de alto risco devido à migração do fenómeno da pirataria marítima proveniente do golfo de Aden, no Corno de África".

Segundo o chefe do governo congolês, o golfo da Guiné, que se estende desde o Senegal até Angola, registou apenas em 2020 um total de 195 ataques contra navios "com meios e métodos reforçados desde há alguns anos pelos piratas".

Um relatório recente do Bureau Marítimo Internacional revela que no mesmo ano, 130 dos 135 sequestros marítimos registados no mundo, ou seja mais de 95%, ocorreram nesta área.

Em 2013, os 19 países que compõem o golfo da Guiné, aprovaram a chamada "arquitetura de Yaoundé" para conduzirem ações concertadas contra a pirataria.

A reunião iniciada hoje em Pointe-Noire, a terceira do género e que junta os chefes dos Estados-Maiores dos Estados costeiros do golfo, marca o início da operacionalização deste mecanismo, segundo os organizadores.

O simpósio termina terça-feira com a realização do exercício "Grand Africain Nemo", ao largo de Pointe-Noire, em que participam unidades navais.

"Este tipo de reuniões visa trocar informações sobre problemas comuns dos países do golfo da Guiné: a predação dos recursos naturais, designadamente os haliêuticos, obviamente a pirataria e o fenómeno da imigração clandestina", explicou à agência noticiosa francesa AFP o general François Xavier Mabin, comandante das forças militares francesas estacionadas no Gabão.

Participam na reunião representantes de Angola, Benim, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Nigéria, República do Congo, República Democrática do Congo, República da Guiné, Senegal, Serra Leoa e Togo.

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