Nicarágua. EUA ameaçam com novas sanções face eleições "antidemocráticas"
Os Estados Unidos ameaçaram hoje impor novas sanções à Nicarágua após as eleições de domingo, classificadas por Washington como "antidemocráticas", que deram a vitória ao Presidente Daniel Ortega, acusado de ter detido "todos os principais candidatos" ao escrutínio.
© Getty Imagens
Mundo Nicarágua
"O Governo Ortega-Murillo privou os nicaraguenses de qualquer escolha real, dissolvendo todos os verdadeiros partidos da oposição e detendo todos os principais candidatos presidenciais", disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pedindo a libertação imediata e incondicional dos opositores ao regime da Nicarágua.
O Presidente cessante da Nicarágua, Daniel Ortega, foi reeleito no domingo para um quinto mandato (quarto consecutivo) de cinco anos, com 74,99% dos votos, de acordo com os primeiros resultados oficiais parciais.
"Continuaremos a usar a diplomacia, medidas coordenadas com os nossos aliados e parceiros regionais, sanções e restrições de vistos" para responsabilizar "os cúmplices dos atos antidemocráticos do Governo de Ortega-Murillo", disse Antony Blinken, numa declaração.
No domingo, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tinha denunciado as eleições na Nicarágua, classificando-as como uma "comédia".
"O que o Presidente da Nicarágua e a sua mulher, a vice-Presidente Rosario Murillo, orquestraram hoje é uma eleição pantomima, que não foi nem livre nem justa, e certamente não foi democrática", disse Biden, num comunicado.
Além do cargo de Presidente, 4,4 milhões de nicaraguenses foram chamados no domingo às urnas para eleger um vice-presidente, 90 deputados da Assembleia Nacional e 20 do Parlamento Centro-Americano.
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