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Junta militar tem de respeitar calendário eleitoral no Mali, afirma ONU

Uma delegação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, recentemente regressada do Mali, insistiu hoje na importância da junta militar no poder em Bamaco respeitar o calendário eleitoral que deverá viabilizar a restituição do poder aos civis.

Junta militar tem de respeitar calendário eleitoral no Mali, afirma ONU
Notícias ao Minuto

19:07 - 04/11/21 por Lusa

Mundo Mali

Num comunicado divulgado na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), a delegação, que visitou o Mali, e o Níger, de 23 a 25 de outubro, reiterou o apelo para a devolução do poder aos civis, via eleições.

"Os membros do Conselho de Segurança reiteraram o seu apelo às autoridades do Mali para que realizem a transição política, o retorno à ordem constitucional e a transferência do poder para autoridades civis eleitas democraticamente, de acordo com o calendário estabelecido", lê-se no comunicado.

A delegação foi chefiada conjuntamente pelo embaixador do Níger nas Nações Unidas, Abdou Abarry, e pelo seu homólogo francês Nicolas de Rivière, e o grupo incluiu a embaixadora dos Estados Unidos da América na ONU, Linda Thomas-Greenfield.

A visita decorreu num momento em que as autoridades de transição do Mali manifestam abertamente a vontade de adiar as eleições presidenciais marcadas para 27 de fevereiro, uma data imposta pela Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O objetivo das eleições presidenciais é a restituição dos civis ao poder no país, palco de dois golpes de Estado em nove meses.

No seu comunicado, os membros do Conselho de Segurança especificam que "reafirmaram o seu firme apoio aos esforços de mediação" liderados pela CEDEAO e pela União Africana e "encorajaram a continuação do diálogo entre o Mali e a CEDEAO".

O governo maliano, dominada pelos militares, decidiu na semana passada expulsar o representante da CEDEAO em Bamaco.

No comunicado divulgado hoje nas Nações Unidas, a delegação da ONU disse ter-se sentido "encorajada com a intenção das autoridades de transição do Mali em concordarem com uma estratégia política abrangente para proteger os civis, reduzir a violência comunitária e restaurar a presença e autoridade do Estado, bem como a reativação dos servi público básicos no centro de Mali".

Quanto à luta contra o terrorismo 'jihadista', a delegação disse ter avaliado no Níger o papel dos países do G5 Sahel (Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Níger e Chade), e "insistiu na importância de se continuarem os esforços contra o terrorismo" na região, marcada pela instabilidade.

Leia Também: Guterres exorta líder militar a restaurar governo de transição no Sudão

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