Magdalena Andersson eleita líder dos social-democratas suecos
A ministra das Finanças sueca, Magdalena Andersson, foi hoje eleita como líder do Partido Social-Democrata, primeira etapa antes de aceder, como previsto, ao cargo de primeira-ministra em substituição do demissionário Stefan Löfven.
© Getty Images
Mundo Suécia
Esta economista e antiga nadadora de alta competição de 54 anos, que era a única candidata ao cargo, foi eleita por aclamação do congresso do partido, reunido em Gotemburgo.
Tornar-se-á a primeira mulher primeira-ministra na história da Suécia, desde que vença uma votação no parlamento cuja data não foi ainda definida.
"Aceitei ser presidente do partido, porque sei que a Suécia pode fazer melhor e que somos nós, os social-democratas, que devemos levar a Suécia em frente", afirmou, sob os aplausos, dizendo-se "honrada" com as suas novas funções.
"Agora, vamos continuar a luta, camaradas, esta luta que tenho vontade de travar para governar convosco", prosseguiu a nova líder social-democrata.
Stefan Löfven, de saída após sete anos como primeiro-ministro e fragilizado por uma crise política no início do verão, anunciou em agosto que abandonaria o cargo em novembro, a menos de um ano das eleições que se preveem disputadas em setembro de 2022.
A sua saída permitiu assegurar uma sucessão tendo em vista a campanha eleitoral, numa altura em que os social-democratas se veem ameaçados nas sondagens.
Os social-democratas de Magdalena Andersson terão, nomeadamente, como adversário o partido conservador Moderados, liderado por Ulf Kristersson, que se aproximou do partido anti-imigração Democratas da Suécia (SD) e está agora pronto para governar, com o seu apoio no parlamento.
Trata-se de uma grande mudança política na Suécia, ao cabo de uma década de acentuado crescimento da extrema-direita, alimentado pela hostilidade contra a entrada de um elevado número de refugiados no país.
Stefan Löfven ainda não anunciou a data exata da sua demissão, que desencadeará o processo parlamentar de eleição de Magdalena Andersson.
Mas os equilíbrios políticos no parlamento sueco estão tão renhidos que os social-democratas precisam de assegurar-se do apoio conjunto dos seus aliados ecologistas e de mais dois partidos, o Partido de Esquerda e o Partido do Centro, cujos interesses, frequentemente divergentes, Andersson terá de garantir para não ver bloqueada a sua subida ao poder.
Apesar de acérrima defensora da igualdade de género, a Suécia é o único país nórdico que nunca teve uma primeira-ministra.
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