Ucrânia nomeia novo ministro da Defesa que quer reforçar forças armadas
O Parlamento ucraniano nomeou hoje um novo ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, que prometeu reforçar as forças armadas e aprofundar a cooperação com a NATO, enquanto o país continua em guerra com separatistas pró-russos.
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A missão de Reznikov será "fortalecer as capacidades de defesa do exército", disse o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, dirigindo-se aos deputados pouco antes da votação da nomeação do novo ministro, aprovada por 273 votos, mais do que o mínimo necessário de 226.
Reznikov, 55 anos, advogado de profissão, era desde abril de 2020 o vice-primeiro-ministro responsável pela "reintegração" dos territórios sob controlo separatista e sucede a Andriï Taran, que tinha a pasta da Defesa desde meados do ano passado e que foi criticado por não ter conseguido impor reformas nas forças armadas.
A renúncia de Taran - oficialmente por motivos de saúde - foi aprovada na quarta-feira pelo Parlamento.
"Um exército forte é um dos argumentos diplomáticos mais poderosos no processo de paz", disse Reznikov, que ao longo de dois anos participou nas negociações de paz entre Moscovo e os separatistas, mediadas pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
As relações entre Moscovo e Kiev mantêm-se difíceis e, após uma trégua no segundo semestre de 2020, as tensões aumentaram o receio de uma escalada militar.
Esta semana, foram divulgadas nas redes sociais imagens que mostravam as forças armadas russas a posicionar-se na fronteira entre os dois países, horas depois da notícia da demissão de Andriï Taran.
A Ucrânia desmentiu essas informações, apesar do silêncio do Kremlin, e a União Europeia (UE) e os Estados Unidos alertaram para o risco da iminência de um confronto aberto na região.
Na passada semana, num gesto classificado como provocador, a Rússia anunciou que iria dar início a uma análise para estimar os prejuízos provocados pela decisão de um tribunal holandês que exigiu a devolução à Ucrânia de tesouros arqueológicos da península da Crimeia (anexada em março de 2014 pela Rússia), disputados entre Moscovo e Kiev.
Neste clima, o novo ministro da Defesa ucraniano acredita que as suas forças armadas devem "melhorar a sua compatibilidade com a NATO", sublinhando a necessidade de aumentar os sistemas de defesa antiaérea e antimísseis, perante o aumento da ameaça russa.
"O preço de uma escalada deve ser inaceitável para o inimigo", argumentou o novo ministro, prometendo também melhorar as condições materiais dos militares.
Após a anexação da Crimeia pela Rússia, a Ucrânia entrou num conflito contra os separatistas pró-russos (alegadamente apadrinhados por Moscovo, apesar dos desmentidos do Kremlin), que já custou mais de 13.000 vidas.
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