Cinco partidos checos chegam a acordo para formar aliança governamental
Cinco partidos da República Checa, liderados pelo conservador Partido Democrático Cidadão (ODS), chegaram a um acordo para governar em coligação na sequência das eleições legislativas de outubro, informou hoje a imprensa local.
© Getty Images
Mundo Milos Zeman
O diário digital Idnes referiu, entretanto, que a aliança para chegar ao poder deve ser endossada pelo chefe de Estado, Milos Zeman, que desde 10 de outubro - um dia após o escrutínio - está internado nos cuidados intensivos de um hospital em Praga.
A coligação de centro-direita SPOLU (Juntos), que é liderada pelo ODS -- partido que venceu as legislativas e ao qual pertence o académico Petr Fiala -, chegou a um acordo na noite de terça-feira com a aliança Pirata e Autarcas.
Nos últimos quatro anos, o governo de Praga esteve nas mãos da populista Aliança dos Cidadãos Descontentes (ANO), do magnata agroindustrial Andrej Babis, que governou em coligação com os social-democratas e com o apoio tácito dos comunistas.
Agora o ANO irá para a oposição, com 72 lugares no parlamento (de um total de 200), contra 34 do ODS, cuja coligação SPOLU - também composta por democratas-cristãos e liberais -- conta com 71 deputados.
A aliança alcançada na terça-feira inclui um Executivo com 17 ministros, três a mais do que na legislatura anterior, embora os novos ministérios tenham um caráter mais de coordenação.
Entre estes novos ministérios, está o da União Europeia (UE), que coordenará a política comunitária e a presidência checa da UE no segundo semestre de 2022.
Dez ministérios estarão nas mãos da SPOLU, incluindo o das Finanças, Trabalho e Assuntos Sociais, Saúde e Justiça, enquanto os Piratas-Autarcas terão sete, incluindo o doInterior, Educação, Negócios Estrangeiros e o novo ministério centrado na UE.
A aliança pretende assinar este pacto na segunda-feira, 08 de novembro, quando está marcada a sessão inaugural do parlamento.
Zeman terá de dar luz verde ao novo Governo ou, caso não esteja em condições de o fazer, o Parlamento terá de concluir o procedimento de desqualificação e transferência de poderes do Presidente.
Esse processo foi iniciado a 19 de outubro pelo Senado checo, após um parecer médico questionar a capacidade de Zeman para exercer as suas funções, aguardando-se um novo parecer médico para dar andamento ao caso.
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