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Rebeldes ligados ao Daesh mantiveram 76 agricultores nigerianos reféns

Rebeldes filiados ao grupo Estado Islâmico (IS) mantiveram durante dois dias 76 agricultores reféns no estado de Borno, no nordeste da Nigéria, antes de os libertarem, informaram hoje líderes das milícias locais.

Rebeldes ligados ao Daesh mantiveram 76 agricultores nigerianos reféns
Notícias ao Minuto

14:14 - 02/11/21 por Lusa

Mundo Daesh

Os combatentes do Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap) raptaram os agricultores de um campo de deslocados em Ngala, na sexta-feira, enquanto estes limpavam vegetação espessa através de queimadas, informaram os líderes.

Homens, mulheres e crianças foram então levados para um acampamento perto da cidade de Chikongudo, controlada pelo Iswap, onde foram mantidos até domingo, segundo as mesmas fontes.

"O Iswap tinha avisado os agricultores para não queimarem os arbustos e matos da área, que os protegem das tropas nigerianas", afirmou Umar Kachalla, um líder das milícias locais, em declarações à agência francesa de notícias, France-Presse (AFP).

Os homens foram chicoteados como "castigo e aviso" e depois foram todos libertados, acrescentou.

Umar Ari, outro líder de milícias locais, corroborou aquela versão e acrescentou que o grupo de agricultores podia ter sofrido uma punição ainda maior: "Tiveram sorte por terem sido raptados pelo Iswap e não pelo Boko Haram, que teria matado os homens e escravizado as mulheres e as crianças", disse.

O Iswap foi formado em 2016 a partir de uma cisão do Boko Haram, outro grupo 'jihadista' da Nigéria, identificado, entre outras coisas, pela morte de civis muçulmanos.

O Iswap tornou-se o grupo 'jihadista' dominante no nordeste da Nigéria, levando a cabo ataques em grande escala contra o exército nigeriano.

Consolidou o seu controlo na região desde a morte em maio do líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, na sequência de confrontos entre os dois grupos rivais.

Desde o início da rebelião islamista radical do Boko Haram em 2009 no nordeste da Nigéria, o conflito obrigou quase dois milhões de pessoas a abandonar as suas casas.

Leia Também: Talibãs recusam ajuda dos Estados Unidos no combate ao Daesh

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