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Migrantes intercetados perto da ilha grega de Creta estão no campo de Kos

Os 375 migrantes resgatados ao largo da ilha grega de Creta, depois de o cargueiro onde seguiam há vários dias no mediterrâneo ter tido problemas no motor, estão no campo de refugiados da ilha de Kos, informaram fontes gregas.

Migrantes intercetados perto da ilha grega de Creta estão no campo de Kos
Notícias ao Minuto

10:15 - 31/10/21 por Lusa

Mundo Migrações

Segundo o Ministério grego da Migração, estas pessoas, que seguiam numa embarcação com bandeira turca, têm diferentes nacionalidades e já foram instaladas no campo de refugiados da ilha de Kos, estando a ser avaliados os seus pedidos de asilo.

A mesma fonte acrescentou que um dos passageiros foi primeiramente encaminhado para a ilha de Karpathos "para receber primeiros socorros devido a doença" e outras seis pessoas foram detidas para interrogatório.

"A Grécia demonstrou mais uma vez que protege vidas humanas no mar e proporciona proteção, numa altura em que os outros são indiferentes às suas obrigações. Parabéns ao pessoal do centro de registo de Kos que trabalhou incansavelmente durante toda a noite", disse o ministro da Migração, Notis Mitarakis, numa declaração.

O barco intercetado na sexta-feira a leste de Creta foi rebocado para a ilha grega de Kos depois de a Turquia se recusar a aceitar o seu regresso.

"A Turquia recusou-se mais uma vez a honrar os seus compromissos para com a União Europeia. Não aceitou o regresso de um navio de bandeira turca que navegou de um porto turco, aparentemente com o conhecimento da Guarda Costeira turca, e permanece indiferente às vidas humanas", disse o ministro dos Transportes Marítimos, Yannis Plakiotakis, no sábado.

O ministro tinha pedido previamente a Ankara que aceitasse a devolução do navio, e tinha informado a Comissão Europeia desse facto.

Plakiotakis salientou que "a Grécia demonstra mais uma vez que respeita plenamente o direito internacional e que a proteção das fronteiras marítimas é combinada com a proteção da vida humana".

As declarações do ministro contrastam com as críticas da ONG Aegean Boat Report, que monitoriza os movimentos dos barcos de refugiados no Mar Egeu.

De acordo com a ONG, o Governo grego esteve a deslocar um barco para trás e para a frente durante 24 horas, cuja tripulação esteve sem acesso a comida, água e cuidados médicos durante quatro dias.

Há também relatos contraditórios sobre o estado do barco quando foi encontrado pela guarda costeira na sexta-feira.

Os meios de comunicação locais afirmam que os migrantes fizeram um pedido de socorro após terem ficado encalhados devido a condições meteorológicas adversas para a navegação, enquanto a guarda costeira explicou que não houve nenhuma chamada de emergência, mas que receberam informações sobre a rota do barco e o intercetaram.

À agência Associated Press, um funcionário da guarda costeira, sob anonimato, disse, na altura do resgate, que não era claro qual o destino da embarcação, mas que era provável que se destinasse a Itália, para onde as redes de contrabando enviam frequentemente migrantes por via marítima.

Normalmente, os meios utilizados são iates, e a utilização de uma grande embarcação capaz de transportar várias centenas de pessoas marcaria uma mudança de tática por parte dos contrabandistas.

A Grécia endureceu a fiscalização das fronteiras e as patrulhas marítimas durante os últimos 18 meses, levando a um aumento de tráfego de embarcações de migrantes que deixam a costa turca e se dirigem diretamente para Itália.

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