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Missão da ONU no Mali investiga morte de civil argelino no norte do país

A missão das Nações Unidas no Mali (Minusma) anunciou hoje que abriu a investigação à morte de um civil argelino na zona de Kidal, no norte do país, "ferido por uma bala" perto de veículos da ONU.

Missão da ONU no Mali investiga morte de civil argelino no norte do país
Notícias ao Minuto

21:20 - 28/10/21 por Lusa

Mundo Mali

"Em 27 de outubro, a sul de Kidal, na estrada para Anéfis, um passageiro argelino cujo veículo viajava na mesma estrada que um conjunto de veículos da ONU foi gravemente ferido. A pessoa em questão sucumbiu, subsequentemente, aos seus ferimentos", afirmou a missão numa declaração hoje emitida e citada pela agência France-Presse.

No documento, a Minusma refere que "uma missão foi imediatamente lançada" para "esclarecer as circunstâncias deste grave incidente, para determinar precisamente se este veículo representava uma ameaça e se o falecido foi de facto gravemente ferido ou não pelos disparos da força" da missão.

O chefe da Minusma, El-Ghassim Wane, citado no comunicado, garantiu que a missão "não poupará esforços para assegurar que os factos sejam prontamente esclarecidos" e que a investigação "será conduzida com toda a transparência necessária".

No final de agosto, a Minusma mostrou-se preocupada com o aumento da violência contra civis, atribuído a grupos 'jihadistas', a milícias comunitárias e ao Exército.

No relatório trimestral que abordou os meses de abril, maio e junho, a divisão de direitos humanos da Minusma observou que os 'jihadistas' estão, através dos "chamados acordos de não-agressão ou reconciliação", a impor a sua versão rigorosa do Islão em algumas áreas do centro do país.

"Entre abril e junho, pelo menos 527 civis foram mortos, feridos ou raptados, um aumento global de mais de 25% em comparação com o primeiro trimestre (421)", refere o relatório.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 4.000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.

Além da presença de grupos terroristas como o Estado Islâmico no Grande Saara e o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, filiado na Al-Qaida, o Mali é também palco de instabilidade política.

Independente desde 1960, o Mali viveu, em agosto do ano passado, o quarto golpe militar na sua história, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.

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