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Ativistas cubanos apelam à ONU para condenar violência do Estado

Mais de 200 ativistas cubanos e estrangeiros apelaram hoje, numa carta aberta à alta-comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, para condenar a violência do Estado cubano face à manifestação prevista para 15 de novembro.

Ativistas cubanos apelam à ONU para condenar violência do Estado
Notícias ao Minuto

06:50 - 28/10/21 por Lusa

Mundo ONU

"Convidamo-la a juntar-se a nós para condenar sem restrições a dupla violência institucionalizada em Cuba: a do Estado e a que incentiva com modos de ação, estilos e discursos a ação paramilitar", escreveram os signatários na missiva à qual a agência France-Presse (AFP) teve acesso.

Segundo os ativistas, "o Governo cubano mantém detidos mais de 500 manifestantes" desde os históricos protestos de 11 de julho, aos quais "são exigidas penas excessivas por acusações de delitos próprios de cenários de guerra, sem qualquer relação com a situação internacional do país".

Um manifestante em particular, acusado de desacatos e perturbação da ordem pública, foi condenado a 10 anos de prisão, a pena mais pesada imposta até agora, revelaram à AFP os seus familiares e também uma organização de direitos humanos.

O grupo dissidente de reflexão política Archipélago (Arquipélago) convocou uma nova manifestação para 15 de novembro, em Havana e noutras seis províncias da ilha.

O Governo de Cuba já proibiu a manifestação e ameaçou os seus organizadores com consequências se persistirem nas suas intenções.

"Contra esta manifestação cívica e pacífica que tem como armas apenas os direitos, as ideias, as palavras e a tecnologia digital, reacende-se abertamente a violência assistida pelos paramilitares em Cuba", denuncia a carta aberta enviada a Michelle Bachelet.

Para os ativistas, é essencial que a alta-comissária da ONU "chame publicamente a atenção para esta nova ameaça de romper a precária paz civil em Cuba" e para "o uso da força paramilitar por parte do Estado".

Entre os signatários da carta estão os dissidentes José Daniel Ferrer, Félix Navarro, Marthadela Tamayo e Manuel Cuesta Morua.

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