Maior parte da tese do primeiro-ministro luxemburguês foi plagiada
Apenas duas páginas da tese da universidade não foram plagiadas. Xavier Bettel já admitiu que a dissertação "devia ter sido feita de outra forma".
© REUTERS/Piroschka van de Wouw
Mundo Xavier Bettel
Uma investigação de um meio de comunicação social luxemburguês descobriu que a tese da universidade do primeiro-ministro do país foi plagiada quase totalmente. O reporter.lu adiantou esta quarta-feira que apenas duas páginas de uma tese equivalente à tese de mestrado não foram plagiadas.
A tese de Xavier Bettel, de 48 anos, de um curso de ciência política e lei pública na Universidade de Nancy (atualmente a Universidade de Lorraine), em França, foi escrita há mais de 20 anos e versava sobre uma possível reforma nos sistemas de votação no Parlamento Europeu.
O reporter.lu descreveu a tese como uma “mistura impressionante de passagens copiadas que não cumprem os requisitos académicos habituais”. Acrescenta que só “alguns parágrafos na introdução” e “uma igualmente curta conclusão” não foram integralmente copiadas, considerando que se tratou de um exercício de plágio “sem paralelo”.
A tese contém passagens longas, que não foram citadas, de dois livros, quatro sites e de um artigo de imprensa.
Xavier Bettel, que é primeiro-ministro do Luxemburgo desde 2013, já reagiu à publicação do artigo sobre o plágio da sua tese e frisou que foi escrita de consciência limpa. No entanto, reconheceu que “do ponto de vista de hoje, podia – sim, talvez devesse – ter sido feita de outra forma”.
Bettel sublinhou ainda que tem toda a confiança na avaliação da sua dissertação por parte da Universidade de Lorraine e que vai “aceitar naturalmente” a sua decisão.
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