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Grécia apela à Turquia para travar traficantes após mortes em naufrágio

O ministro das Migrações grego, Notis Mitarakis, lamentou hoje a morte de quatro pessoas num naufrágio a leste da ilha de Quios e pediu à Turquia para combater os traficantes de migrantes e à União Europeia para apoiar Ancara nessa missão.

Grécia apela à Turquia para travar traficantes após mortes em naufrágio
Notícias ao Minuto

16:15 - 27/10/21 por Lusa

Mundo Migrações

"Tragédias como esta nunca deveriam ser permitidas, uma embarcação que não sai das costas turcas significa que não se perdem vidas", afirmou Mitarakis, numa conferência de imprensa na qual sublinhou a necessidade de tanto Ancara como Bruxelas cumprirem a declaração conjunta sobre migração de 2016.

Segundo Mitarakis, a Guarda Costeira grega recuperou na terça-feira os corpos de quatro pessoas, todas de origem somali, de 04, 11, 25 e 28 anos.

O ministro lamentou que nenhum deles estivesse a usar coletes salva-vidas e disse que o incidente é um claro exemplo da frieza com que as máfias colocam a vida destas pessoas em risco, uma vez que a embarcação afundou depois de o casco se ter desprendido devido ao excesso de peso e condições climáticas adversas.

"O que aconteceu ontem [terça-feira] em Quios está a acontecer sistematicamente. As redes de tráfico de seres humanos estão a colocar vidas humanas em risco, e a Turquia deve fazer mais para as impedir", prosseguiu.

Mitarakis considerou que, uma vez que os passageiros do bote eram, na sua maioria, da Somália, mas também do Sudão e da Eritreia, não estavam em perigo na Turquia e, portanto, não deveriam procurar asilo na Grécia.

Quase todos os resgatados estão bem, embora três deles tenham sido hospitalizados.

O ministro salientou também que a Grécia apoia a criação de rotas seguras para os requerentes de asilo e a ajuda humanitária, mas que não pode tolerar tornar-se novamente numa porta de entrada para o tráfico de seres humanos.

Neste sentido, destacou o acolhimento que a Grécia ofereceu aos deputados, juízes e advogados afegãos juntamente com as suas famílias, num total de 700 pessoas, algo que, segundo o próprio, mostra a "dupla estratégia" grega, que quer oferecer asilo àqueles que o merecem, mas "não apoia o sacrifício de mais vidas humanas no mar Egeu".

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