ONU e EUA impõem sanções a líbio acusado de atrocidades contra migrantes

A ONU e os Estados Unidos impuseram hoje sanções a um cidadão líbio, Osama Al-Kuni Ibrahim, acusado de "abusos horríveis sobre migrantes" africanos num centro de detenção na Líbia que chefia.

Centenas de presos evadem-se de cadeia perto de Tripoli após motim

© iStock

Lusa
26/10/2021 20:47 ‧ 26/10/2021 por Lusa

Mundo

Líbia

 

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"[Osama Ibrahim] é o líder de facto de um centro de detenção de migrantes em Zawiya, na Líbia, onde ele próprio ou pessoas sob a sua liderança perpetraram abusos horríveis contra migrantes, incluindo assassínios, violência e abusos sexuais, agressões e espancamentos", referiu o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, num comunicado, em que pede às autoridades líbias que o responsabilizem. 

A ONU adicionou segunda-feira Osama Ibrahim à sua lista de sanções.

A cidade de Zawiya, a 50 quilómetros da capital Trípoli, na costa oeste da Líbia, é um importante ponto de passagem para muitos migrantes da África Subsaariana que procuram chegar à Europa por mar. Ao chegarem, ficam nas mãos de traficantes quando indicam que pretendem tentar a perigosa travessia do mar Mediterrâneo.

Segundo o Tesouro dos Estados Unidos, que está na origem das sanções, Osama Ibrahim é descrito como um "barão do contrabando de migrantes", sendo "responsável pela exploração sistemática de migrantes africanos" a partir de centro, também apelidada "prisão Obama".

Segundo as sanções norte-americanas, os possíveis ativos de Ibrahim nos Estados Unidos estão congelados e o acesso ao sistema financeiro dos Estados Unidos fica proibido.

Trípoli tem enfrentado várias críticas nos últimos meses por causa dos maus-tratos infligidos aos migrantes. 

Várias organizações não-governamentais e algumas agências da ONU têm denunciado regularmente as condições deploráveis nos centros de detenção na Líbia, onde contrabandistas e traficantes lucraram nos últimos dez anos com o clima de instabilidade após a revolta de 2011, tornando a Líbia o centro do tráfico humano no continente africano.

Leia Também: Navio com 367 migrantes a bordo pede porto seguro face ameaça de furacão

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