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Egito cancela prolongamento da emergência pela primeira vez desde 2017

O Presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, anunciou hoje que não prolongará o estado de emergência no Egito, em vigor de forma ininterrupta desde abril de 2017, quando ocorreram dois violentos atentados contra a minoria cristã.

Egito cancela prolongamento da emergência pela primeira vez desde 2017
Notícias ao Minuto

20:26 - 25/10/21 por Lusa

Mundo Abdel Fatah al-Sisi

"Decidi, pela primeira vez desde há anos, cancelar a prorrogação do estado de emergência em todas as partes do país", escreveu Al-Sisi na rede social Twitter.

"O Egito, graças ao seu grande povo e a homens fiéis, transformou-se num oásis de segurança e estabilidade na região", sustentou o Presidente, pelo que considerou já não ser necessário continuar a renovar o estado de emergência no país.

Al-Sisi disse também que "os esforços" do povo egípcio e a sua "participação no desenvolvimento e na construção" do Egito ao longo dos últimos anos foram o motivo para esta decisão.

"Juntos, avançamos com firmeza para a construção da nova República, com a ajuda de Deus e o seu apoio", sentenciou.

O estado de exceção foi decretado pela primeira vez em abril de 2017, depois de dois brutais ataques a igrejas coptas no norte do país, que fizeram dezenas de mortos e foram reivindicados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

A Constituição egípcia só permite a extensão do estado de emergência durante um período máximo de seis meses consecutivos, pelo que o parlamento renovou até agora a sua vigência de três em três meses deixando um intervalo de alguns dias a cada seis meses, para poder contornar este limite estabelecido pela lei fundamental do país.

As autoridades alegavam que tal era necessário para combater o terrorismo islâmico, tanto do ramo egípcio do EI como do grupo Irmandade Muçulmana, que governou o Egito entre 2012 e 2013, e posteriormente foi classificado como terrorista.

Nas últimas semanas, o Egito arquivou vários casos contra ativistas dos direitos humanos, contra os quais pesavam há anos medidas de coação por acusações de terrorismo ou de difusão de notícias falsas -- o que foi saudado pelas organizações não-governamentais (ONG) locais.

Após o golpe de Estado que, em julho de 2013, afastou do poder a Irmandade Muçulmana, o Presidente Al-Sisi encabeçou a luta contra os islamitas radicais que, entre 2013 e 2016, levaram a cabo vários atentados contra as forças de segurança e representantes do Estado.

A violência diminuiu nos últimos anos, exceto na península do Sinai, onde o exército e a polícia continuam a travar uma batalha quase diária contra os insurgentes, mais precisamente contra o braço local do EI, denominado Wilayat Sinai.

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