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Três moçambicanos condenados a 35 anos por caça furtiva de rinoceronte

Um tribunal sul-africano condenou três moçambicanos a 35 anos de prisão efetiva por tráfico de pontas de rinoceronte e caça furtiva na reserva animal de Pilanesberg, a noroeste da capital Pretória, culminando um longo processo na justiça sul-africana.

Três moçambicanos condenados a 35 anos por caça furtiva de rinoceronte
Notícias ao Minuto

12:40 - 23/10/21 por Lusa

Mundo África do Sul

De acordo com o porta-voz do Ministério Público sul-africano na província de North West, Henry Mamothame, o Tribunal Regional de Mogwase ordenou que as sentenças dos três caçadores furtivos fossem executadas simultaneamente.

"Os homens, que são de Moçambique, foram presos em 2 de julho de 2018 ao tentarem sair da reserva de caça numa 'pick-up' Ford branca carregada com pontas de rinoceronte roubadas no valor de 1,5 milhões de rands (86.857,83 euros)", explicou a fonte do Ministério Público sul-africano (NPA, na sigla em inglês), citado pela imprensa local.

O porta-voz referiu que a condenação pelo tribunal na passada quinta-feira culminou um longo processo na justiça sul-africana.

"Após a prisão, os detidos apelaram a liberdade condicional através do pagamento de uma caução que lhes foi negada, tendo permanecido sob custódia policial até à conclusão do julgamento", sublinhou Henry Mamothame.

Arlindo Mhlanga, Adam Hlongwane e Inacio Chauke foram acusados de abater três rinocerontes fêmeas.

Foram ainda acusados de posse ilegal de armas e munições, posse ilegal de seis pontas de rinoceronte, corte de seis pontas de rinoceronte de três carcaças de rinoceronte, transporte intencional e ilegal de seis pontas de rinoceronte, roubo de três pontas de rinoceronte e entrada na propriedade sem autorização por escrito, segundo o Ministério Público, citado pela imprensa sul-africana.

"Das 10 acusações que enfrentavam, o tribunal condenou a uma pena cumulativa de 85 anos de prisão. No entanto, ordenou que algumas sentenças deveriam ser executadas simultaneamente, os acusados passarão a 35 anos de prisão efetiva para os crimes que cometeram", referiu Mamothame.

Em setembro deste ano, um tribunal regional, em Skukuza, nordeste do país, condenou três homens a 35 anos de prisão cada um, incluindo um moçambicano, por abate furtivo de rinocerontes no Parque Nacional Kruger, que faz fronteira com Moçambique, segundo a polícia sul-africana.

De acordo com a Polícia, Walter Hendric Mangane, 59 anos, Shangani Mathebula, 26, e Emmanuel Mdluli, 33, foram detidos em 2017 por uma patrulha de rangers do Parque Kruger.

O caçador furtivo moçambicano, Shangani Mathebula, 26 anos, encontrava-se ilegalmente no país, segundo a polícia sul-africana.

A África do Sul, que alberga a maior população de rinocerontes do mundo, tem sido o país mais atingido pela caça furtiva fomentada por redes criminosas na região.

"África do Sul é um país extremamente importante na conservação do rinoceronte", frisou o académico Samuel Umoh da Universidade do KwaZulu-Natal, em declarações ao jornal sul-africano Citizen, salientando que entre 2007 e 2014, o país registou um aumento exponencial da caça furtiva de rinoceronte na ordem dos 9.000%.

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