O conselheiro da segurança nacional da Nigéria, Babagana Monguno, citado pela agência Associated Press (AP), afirmou que Malam Bako, que recentemente sucedeu a Abu Musab al-Barnawi na liderança do grupo Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap), foi "neutralizado" pelas tropas no início da semana.
A morte de Bako, que ainda não foi confirmada de forma independente nem pelo Iswap, configura-se como mais um duro golpe para o grupo, depois de as forças nigerianas terem anunciado, na semana passada, a morte de al-Barnawi.
Os alegados assassinatos de al-Barnawi e de Bako reorientou a atenção para o conflito no nordeste da Nigéria, iniciada pelo grupo Boko Haram há 12 anos.
Desde a morte, em maio, do líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, os confrontos entre o seu grupo e o Iswap tornaram-se recorrentes, tendo o governador da região do Extremo Norte dos Camarões, Midjiyawa Bakari, mencionado uma "clara mudança".
Os militares nigerianos anunciaram recentemente que cerca de 6.000 militares se renderam após a morte de Shekau.
Há três anos, a 01 de março de 2018, os combatentes do Iswap atacaram uma base da ONU em Rann, uma cidade do nordeste da Nigéria, matando três funcionários e raptando outro.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento estima que o conflito no nordeste da Nigéria tenha provocado 350.000 mortes, sendo 314.000 por causas indiretas.
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