Acusado quinta-feira do assassínio e de preparação de atos terroristas, Ali Harbi Ali, 25 anos, compareceu, por videoconferência, no Tribunal Criminal de Old Bailey, em Londres.
O juiz Nigel Sweeney marcou a próxima audiência pré julgamento para 05 de novembro, fixando para 07 de março de 2022 a data provisória para o início do julgamento.
David Amess, 69 anos, pai de cinco filhos, foi morto com vários golpes de uma faca a 15 deste mês enquanto conversava com eleitores numa igreja metodista em Leigh-on-Sea, 60 quilómetros a leste de Londres.
A polícia de Essex anunciou no mesmo dia a detenção de um homem, mais tarde identificado como o britânico Ali Harbi Ali, de 25 anos e ascendência somali.
Na quinta-feira, o homem foi acusado formalmente pela morte de Amess com base na Lei de Terrorismo.
A morte de Amess chocou o país, lembrando o trauma do assassínio do deputado trabalhista Jo Cox, em junho de 2016, por um extremista de direita.
Segundo a imprensa britânica, Harbi Ali, nado e criado em Londres, cumpriu um pequeno programa de combate à radicalização, sem, porém, ser considerado um risco pelos serviços de segurança.
A polícia citou "uma motivação potencial ligada ao extremismo islâmico", enquanto a acusação fala de "motivações religiosas e ideológicas".
Nos últimos anos, o Reino Unido tem sido palco de vários ataques com facas perpetrados por 'jihadistas', alguns reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Até agora, o assassínio de Amess não foi reivindicado.
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