Membros da NATO desenvolvem primeiro fundo de inovação em defesa
Dezassete países europeus da NATO, incluindo Portugal, deram hoje luz verde ao primeiro fundo de inovação da Aliança, com o qual pretendem investir 1.000 milhões de euros em projetos de tecnologia de defesa de ponta.
© Getty Images
Mundo NATO
Bélgica, República Checa, Espanha, Estónia, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Holanda, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia e Reino Unido assinaram a criação do fundo, numa cerimónia presidida pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, à margem de uma reunião dos ministros da Defesa da Aliança.
Com esta iniciativa, a NATO pretende manter-se na vanguarda do estado da arte em termos de tecnologia, investindo em projetos de dupla utilização (civil e militar) e facilitando a "cooperação estreita e confiável" com os quem desenvolve a tecnologia de defesa.
Juntamente com o Acelerador de Inovação de Defesa para o Atlântico Norte (DIANA), este fundo de inovação apoiará o "desenvolvimento de uma comunidade transatlântica de inovação".
"Como parte do DIANA, os parceiros estão comprometidos em fornecer uma rede de centros de teste de tecnologia e locais de aceleração em toda a Aliança, para melhor aproveitar a inovação civil para nossa segurança e fortalecer o vínculo tecnológico entre a Europa e a América do Norte", disse Stoltenberg, em conferência de imprensa, no final da reunião ministerial.
A ideia de lançar este fundo e o projeto DIANA surgiram na última cimeira de líderes aliados em Bruxelas, em junho passado.
Desde então, vários países aliados ofereceram-se para acolher as sedes ou centros de teste que criarão uma rede entre a Europa e a América do Norte.
A NATO espera que ambas as iniciativas estejam plenamente em vigor até à próxima cimeira dos aliados, que terá lugar em junho de 2022, em Madrid.
"Precisamos de ter a certeza de que os aliados podem operar as diferentes tecnologias sem problemas", explicou o secretário-geral.
Stoltenberg indicou que nesta reunião ministerial os aliados também definiram a primeira estratégia de inteligência artificial da NATO, que estabelecerá padrões para uma utilização responsável dessa tecnologia, em linha com a legislação internacional, e que lhes permitirá enfrentar as ameaças que ela representa nas mãos de adversários.
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