Meteorologia

  • 29 MARçO 2024
Tempo
13º
MIN 8º MÁX 15º

Chile: Protestos no segundo aniversário do 18-O manchados por violência

Duas pessoas morreram e a polícia fez 450 detenções. Governo e oposição trocam acusações.

Notícias ao Minuto

10:42 - 20/10/21 por Fábio Nunes

Mundo Chile

As manifestações convocadas no Chile para celebrar esta segunda-feira o segundo aniversário do 18-O, dos protestos contra a desigualdade social no país que em 2019 praticamente pararam o Chile, ficaram manchados pela violência, atos de vandalismo, saques e incêndios. Duas pessoas morreram e foram efetuadas 450 detenções.

No total, foram convocadas mais de 50 manifestações para diferentes pontos do país. Só na praça Baquedano, em Santiago do Chile, a capital do país, as autoridades estimam que se tenham juntado entre oito a dez mil pessoas.

De dia, as manifestações decorreram de forma pacífica, mas à medida que as horas foram passando foram-se registando cada vez mais atos de violência e de vandalismo, algo que piorou ainda mais à noite.

A polícia respondeu com gás lacrimogéneo e canhões de água. Uma das vítimas mortais foi baleada quando estava a saquear um estabelecimento, a outra morreu na sequência de um acidente de mota.

Um dia depois da onda de violência, o governo e a oposição trocaram acusações e responsabilizações pelos distúrbios.

O porta-voz do governo chileno, Jaime Bellolio, culpou os candidatos presidenciais Gabriel Boric e Yasna Provoste e outros líderes da oposição por promoverem uma lei que alarga a amnistia a todas as pessoas que foram detidas durante os protestos de 2019, revela o La Prensa Latina.

“Não é suficiente dizer ‘Condeno a violência’ ao mesmo tempo que propõem uma lei para perdoar as mesmas ofensas que vimos ontem”, sublinhou Bellolio esta terça-feira.

Por seu lado, um senador que apoia a candidata Yasna Provoste ironizou com o facto de o governo de Sebastian Piñera procurar culpar a oposição pela violência de segunda-feira.

“Ele responsabiliza os candidatos da oposição como se eles estivessem a governar o Chile”, referiu Alejandro Guillier.

Leia Também: Blinken debate tema com homólogos de Chile, Brasil e Colômbia

Recomendados para si

;
Campo obrigatório