Uma dezena de navios de guerra dos dois países vizinhos cruzaram o estreito de menos de 19 quilómetros de largura que separa a ilha de Honshu, a maior do arquipélago japonês, e a de Hokkaido, em águas não territoriais, já que são consideradas uma passagem marítima internacional.
Apesar de estas manobras não constituírem uma violação do seu espaço territorial, o Ministério da Defesa do Japão indicou que está a "analisar" os motivos desta manobra naval sino-russa, a primeira que se conhece nesta região.
O Governo japonês "está a prestar muita atenção às atividades da Rússia e da China na região" e "mantém a sua vigilância das águas e do espaço aéreo" em redor do seu território, disse hoje o vice-porta-voz do executivo, Yoshihiko Isozaki.
Os 10 navios russos e chineses foram detetados na segunda-feira, e a estação televisiva estatal japonesa NHK divulgou imagens das manobras militares sino-russas.
Analistas acreditam que os navios façam parte de exercícios militares conjuntos que a China e a Rússia conduziram no Mar do Japão (também conhecido como Mar do Leste), na passada semana.
O Japão também participou, na semana passada, em exercícios navais com Estados Unidos, Austrália e Índia no Pacífico, num momento de crescentes tensões na região, em particular devido à postura agressiva da China perante Taiwan.