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Colômbia diz que extradição de Saab é trunfo "contra o narcotráfico"

O Presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, afirmou no sábado que a extradição para os Estados Unidos da América do empresário colombiano Alex Saab, concretizada por Cabo Verde, é um trunfo no combate ao narcotráfico e à lavagem de dinheiro.

Colômbia diz que extradição de Saab é trunfo "contra o narcotráfico"
Notícias ao Minuto

06:33 - 17/10/21 por Lusa

Mundo Venezuela

O empresário colombiano, alegado testa-de-ferro do Presidente venezuelano Nicolás Maduro, esteve detido desde junho de 2020 em Cabo Verde e foi extraditado no sábado pelo país africano para os Estados Unidos da América (EUA) .

A extradição, reclamada pelos Estados Unidos, pôs termo a um prolongado litígio judicial sobre a sua detenção, questionada pela Venezuela, que definiu como um "sequestro" a sua entrega às autoridades norte-americanas.

"A extradição de Alex Saab é um triunfo na luta contra o narcotráfico, a lavagem de dinheiro e a corrupção que propiciou a ditadura de Nicolás Maduro", indicou na plataforma social Twitter o chefe de Estado colombiano.

Duque acrescentou que "a Colômbia apoiou e continuará a apoiar os Estados Unidos na investigação contra a rede do crime transnacional liderada por Saab".

Em agosto passado, Iván Duque considerou fundamental a extradição de Alex Saab para os EUA com o objetivo de desvendar "os vínculos obscuros" do Governo venezuelano com o narcotráfico.

"É necessária e fundamental para que se possam desvendar todos os vínculos obscuros da ditadura da Venezuela com o narcotráfico, lavagem de dinheiro e com uma rede criminal muito grande", afirmou na ocasião em entrevista à Rádio Nacional da Colômbia.

Duque Márquez também recordou que "a Procuradoria colombiana e as autoridades também pretendem processar todos aqueles que beneficiaram dessa rede".

O chefe de Estado assegurou que as autoridades colombianas "colaboraram permanentemente nesse processo" e entregaram "um grande pacote de informação para solidificar todas as investigações avançadas pelo departamento do Tesouro dos EUA e a DEA".

Alex Saab, natural da cidade colombiana de Barranquilha e de origem libanesa, foi relacionado com várias empresas, incluindo o Group Grand Limited (GGL), acusado de corrupção e fornecer alimentos e mantimentos ao regime de Maduro com preços inflacionados e destinados aos Comités Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), dependentes do Governo de Caracas.

Um avião ao serviço do Departamento de Justiça norte-americano partiu durante a tarde da ilha do Sal, onde Alex Saab estava detido desde junho de 2020, com destino aos EUA de acordo com fontes da aviação civil.

Nos últimos dias, a defesa de Alex Saab viu o Tribunal Constitucional de Cabo Verde recusar vários pedidos e recursos na sequência da rejeição, em setembro, do recurso principal à decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que tinha autorizado a extradição.

Alex Saab, 49 anos, foi detido pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas em 12 de junho de 2020, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos EUA, numa viagem para o Irão em representação da Venezuela, com passaporte diplomático, enquanto 'enviado especial' do Governo venezuelano.

A sua detenção colocou Cabo Verde no centro de uma disputa entre o regime do Presidente Nicolás Maduro, na Venezuela, que alega as suas funções diplomáticas aquando da detenção, e a Presidência norte-americana, bem como irregularidades no mandado de captura internacional e no processo de detenção.

Washington pediu a sua extradição, acusando-o de branquear 350 milhões de dólares (295 milhões de euros) para pagar atos de corrupção do Presidente venezuelano, através do sistema financeiro norte-americano.

Leia Também: Venezuela: Suspenso diálogo com oposição após extradição de Alex Saab

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