Irão volta a adiar execução de jovem preso aos 17 anos por homicídio
O Irão voltou a adiar a execução de um homem preso aos 17 anos por homicídio, devido às pressões internacionais de que tem sido alvo, noticiou hoje o diário Etemad.
© Reuters
Mundo Arman Abdolali
"A execução de Arman Abdolali, que deveria ser aplicada esta manhã, não ocorreu e o jovem foi enviado de volta à prisão", escreveu o jornal iraniano na edição online, sem precisar mais pormenores.
Já o jornal Hamchahri, do município de Teerão, anunciara na quarta-feira que a execução estava prevista para esse dia, mas fora adiada para hoje, acrescentando que o condenado seria provavelmente executado "em breve".
Agora com 25 anos, o jovem foi "condenado à morte por um crime cometido quando era menor no final de um julgamento manifestamente injusto caracterizado por "confissões obtidas sob tortura", denunciou a organização não-govenamental (ONG) de direitos humanos Amnistia Internacional, num comunicado divulgado na quarta-feira.
"As autoridades iranianas devem reverter imediatamente a execução" da pena de morte, acrescentava o documento da Amnistia Internacional.
Segundo esta ONG, o Irão executou 246 pessoas em 2020.
Teerão já tinha programado a execução de Arman Abdolali para janeiro de 2020 e julho de 2021 antes de renunciar à execução devido à pressão internacional de que tem sido alvo.
O Irão é condenado com frequência pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), bem como por ONG ocidentais devido à execução de pessoas por crimes cometidos quando eram menores, numa violação da Convenção Internacional sobre Direitos Humanos, ratificada por Teerão.
A República Islâmica do Irão está a tentar reduzir a "zero" o número de execuções de jovens infratores, disse, em julho último, à agência de notícias France-Presse (AFP), Majid Tafréchi, adjunto do diretor de assuntos internacionais da autoridade judiciária encarregado dos direitos humanos.
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