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Cabo Verde: Carlos Veiga termina campanha convicto na vitória no domingo

O candidato a Presidente da República de Cabo Verde Carlos Veiga assumiu hoje, no fecho da campanha eleitoral, em Santa Catarina, a convicção na vitória no domingo, garantindo que não vai ficar "fechado" no Palácio Presidencial.

Cabo Verde: Carlos Veiga termina campanha convicto na vitória no domingo
Notícias ao Minuto

22:16 - 15/10/21 por Lusa

Mundo Cabo Verde

"Esta eleição, somos nós que vamos ganhar. Espero que no domingo o povo cabo-verdiano me proclame Presidente da República, com toda a honra e todo o orgulho", afirmou esta noite Carlos Veiga, perante milhares de apoiantes na cidade de Assomada, concelho de Santa Catarina, a poucas horas do fecho da campanha para eleitoral.

"Termino a campanha com grande felicidade, com esta multidão que está aqui", afirmou o candidato, recordando os primeiros comícios que ali realizou em 1991, aquando das primeiras eleições livres em Cabo Verde, quando foi eleito primeiro-ministro, tentando agora, pela terceira vez, após falhar a eleição em 2001 e 2006, chegar ao cargo de Presidente da República.

"É hora de nos juntarmos, unir, para sermos capazes de vencer as dificuldades que Cabo Verde tem pela frente. É hora de vencermos para haver menos pobreza e desigualdade, e lançar o caminho de desenvolvimento, sem deixar ninguém para trás", afirmou o candidato, que tem o apoio do Movimento para a Democracia (MpD, no poder e que liderou) e da União Caboverdiana Independente e Democrática (UCID).

O jurista, de 71 anos, que esteve na redação da Constituição de 1992, afirmou que é necessário "unir para avançar" e garantiu que é "o mesmo Carlos Veiga" dos anos 90, quando chefiou o primeiro governo escolhido nas urnas, após o período do partido único no país, desde a independência nacional.

"Por isso não vou ficar fechado no Palácio Presidencial. Vou a todos os concelhos, a todas ilhas (...) Sou a pessoa mais preparada para ser o próximo Presidente da República e com a vossa ajuda já a partir de domingo", afirmou Veiga.

A campanha eleitoral para a votação de domingo, 17 de outubro, arrancou às 00:00 de 30 de setembro para terminar às 23:59 (mais duas horas em Lisboa) de hoje e em caso de uma segunda volta, vai acontecer em 31 do mesmo mês.

Tal como fez ao longo da campanha, voltou a alertar que o Presidente da República "pode ajudar" o Governo, mas também "bloquear", voltando assim à critica ao candidato José Maria Neves, também ele ex-primeiro-ministro (2001 a 2016) e ex-presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), que igualmente liderou, tendo em conta o executivo liderado pelo MpD, que está em funções.

No palco em Assomada, que antecede o fecho da campanha, já perto da meia-noite, na Praia, e depois de já ter contado com o apoio dos presidentes do MpD, Ulisses Correia e Silva (que é também primeiro-ministro), e da UCID (outro dos três partidos representados no parlamento), António Monteiro, foi Austelino Correia, que é atualmente presidente da Assembleia Nacional, a dar-lhe publicamente o apoio.

"Foi Carlos Veiga que trouxe a liberdade e a democracia. Não há nada maior, é o homem que levou a democracia a todo o povo de Cabo Verde", afirmou no palco Austelino Correia, eleito deputado do MpD pelo círculo de Santiago Norte (que inclui Santa Catarina).

"Quem fala aqui é o cidadão Austelino Correia, que tem liberdade para exercer a sua cidadania", justificou.

O Tribunal Constitucional admitiu as candidaturas às eleições de domingo de José Maria Pereira Neves, Carlos Veiga, Fernando Rocha Delgado, Gilson Alves, Hélio Sanches, Joaquim Jaime Monteiro e Casimiro de Pina.

Esta é a primeira vez que Cabo Verde regista sete candidatos oficiais a Presidente da República em eleições diretas, depois de até agora o máximo ter sido quatro, em 2001 e 2011.

De acordo com a Constituição de Cabo Verde, o Presidente da República é eleito por sufrágio universal e direto pelos cidadãos eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro.

Só pode ser eleito Presidente da República o cidadão "cabo-verdiano de origem, que não possua outra nacionalidade", maior de 35 anos à data da candidatura e que, nos três anos "imediatamente anteriores àquela data tenha tido residência permanente no território nacional".

Cabo Verde já teve quatro Presidentes da República desde a independência de Portugal em 1975, sendo o primeiro o já falecido Aristides Pereira (1975 - 1991) e por eleição indireta, seguido do também já falecido António Mascarenhas Monteiro (1991 -- 2001), o primeiro por eleição direta, em 2001 foi eleito Pedro Pires e 10 anos depois Jorge Carlos Fonseca.

As últimas presidenciais em Cabo Verde, que reconduziram o constitucionalista Jorge Carlos Fonseca como Presidente da República, realizaram-se em 02 de outubro de 2016 (eleição à primeira volta, com 74% dos votos).

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