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Xi Jinping reconhece problemas com a UE e pede "mais autonomia" do bloco

O Presidente da China, Xi Jinping, defendeu hoje que a União Europeia (UE) deve ser "mais autónoma" para enfrentar os problemas existentes entre as duas partes, que resultaram no congelamento do acordo de investimentos assinado em 2020.

Xi Jinping reconhece problemas com a UE e pede "mais autonomia" do bloco
Notícias ao Minuto

15:32 - 15/10/21 por Lusa

Mundo China

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim diz que as palavras do líder chinês foram transmitidas ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, através de uma conversa telefónica mantida hoje.

"Desde o início deste ano que as relações entre a China e a UE estão a enfrentar novos problemas [...]. Esperamos que a Europa adira a uma estratégia autónoma e trabalhe em conjunto para relançar as relações", afirmou Xi Jinping.

As relações entre Pequim e Bruxelas azedaram depois de, em 22 de março, os 27 terem sancionado quatro autoridades e uma entidade chinesa por supostas violações dos direitos humanos na região Uigur, em Xinjiang, medidas que foram as primeiras sancionatórias da UE contra a China desde o massacre da Praça Tiananmen, em 1989.

Pequim respondeu com medidas semelhantes contra eurodeputados, políticos, investigadores e entidades europeias que criticam a China. 

Como consequência, em maio, o Parlamento Europeu congelou o processo de ratificação do acordo de investimentos alcançado pela UE e a China em dezembro de 2020, após sete anos de negociações, com uma resolução aprovada por ampla maioria.

Nessa resolução foi rejeitado avançar com a aprovação enquanto Pequim mantiver em vigor as sanções.

Hoje, na conversa telefónica com Michel, Xi Jinping sublinhou que a China e a UE "são duas forças independentes" e "parceiros estratégicos", e que ambas estão interessadas em "promover relações saudáveis". 

No entanto, o Presidente chinês reiterou que a China "nunca deixará de defender sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento", questões que Pequim considera inegociáveis. 

"A UE deve distinguir o certo do errado e trabalhar com a China", insistiu.

Xi Jinping acrescentou que os dois blocos podem reforçar a cooperação em temas como as alterações climáticas, conservação da biodiversidade ou na conectividade digital.

Além da disputa sobre sanções, fontes diplomáticas e empresariais europeias com sede na China denunciaram a desigualdade que as suas empresas enfrentam ao entrar e competir no mercado chinês, sobretudo no que diz respeito às perspetivas das empresas e dos investimentos no país. 

Em setembro passado, a Câmara de Comércio da União Europeia na China expressou preocupação com a mudança para a autossuficiência defendida por Pequim, destacando que as empresas europeias "não têm certeza de até que ponto poderão contribuir para o crescimento futuro do país".

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