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Acusações sobre Bannon por ataque ao Capitólio votadas terça-feira

A comissão da Câmara dos Representantes dos EUA responsável pela investigação ao ataque ao Capitólio, ocorrido em 06 de janeiro, definiu a próxima terça-feira para votar sobre as acusações que recaem sobre o ex-conselheiro de Donald Trump Steve Bannon.

Acusações sobre Bannon por ataque ao Capitólio votadas terça-feira
Notícias ao Minuto

08:13 - 15/10/21 por Lusa

Mundo EUA

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A decisão da comissão ocorre depois de Bannon ter rejeitado a intimação na passada quinta-feira.

O presidente da comissão, Bennie Thompson, explicou que será votada a recomendação para as acusações, na próxima terça-feira, que deverá ser, posteriormente, enviada ao plenário da Câmara dos Representantes para uma votação final.

"A comissão selecionada não vai tolerar que as nossas intimações sejam desafiadas, devemos prosseguir com o processo para indicar Bannon por desacato criminal", disse Bennie Thompson, citado em comunicado.

Se a comissão votar a favor das acusações de desacato contra Steve Bannon, o Departamento de Justiça norte-americano depois decidirá se entrará com um processo.

A comissão exigiu documentos e testemunhos de Bannon, que esteve em contacto com o antigo Presidente dos EUA Donald Trump antes do ataque ao Capitólio, em 06 de janeiro.

Para hoje estava agendado o depoimento de Steve Bannon na Câmara dos Representantes, mas o seu advogado que, por ordem de Trump, não iria comparecer. Bannon também não disponibilizou documentos à comissão, no prazo estipulado na semana passada.

"Bannon recusou-se a cooperar com a comissão selecionada e [...] está a esconder-se por detrás de declarações insuficientes, gerais e vagas do ex-presidente, sobre os privilégios que pretendia invocar", afirmou Thompson, alertando que o grupo de trabalho rejeita "totalmente a sua posição".

O depoimento de Steve Bannon é apenas uma parte da grande investigação do Congresso norte-americano, com 19 intimações emitidas até ao momento e milhares de páginas de documentos recebidas.

Outras testemunhas estão a colaborar, incluindo algumas que organizaram ou fizeram parte do discurso de Donald Trump no parque Elipse da Casa Branca, durante o comício "Stop The Steal" ("Parem o Roubo", em tradução simples).

A comissão intimou 11 organizadores do comício e deu-lhes um prazo, na quarta-feira, para entregarem documentos e registos. Também foram convidados para comparecerem em interrogatórios programados.

Na semana passada, um advogado de Steve Bannon disse que o ex-conselheiro de Donald Trump não iria cumprir a intimação da comissão da Câmara dos Representantes.

De acordo com a defesa de Bannon, a decisão surgiu depois de o antigo Presidente norte-americano pedir a alguns ex-assessores para invocarem o privilégio executivo para bloquear os pedidos de depoimentos e documentos.

"Dessa forma, até que essas questões sejam resolvidas, não podemos responder aos seus pedidos de testemunhos e documentos", disse o advogado Robert Costello, numa carta enviada à comissão de investigação, formada durante o verão.

Mas, contudo, Robert Castelo adiantou que Steve Bannon, que teve contacto com Donald Trump na semana do ataque ao Capitólio, está preparado para "cumprir as instruções dos tribunais", quando decidirem o caso.

As instruções de Trump a Bannon levantam a possibilidade de os outros três assessores também intimados -- ex-chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, o ex-vice-chefe de gabinete Dan Scavino e o ex-funcionário do Departamento de Defesa, Kashyap Patel -- poderem recusar obedecer à comissão da Câmara dos Representantes.

Ainda nenhum dos três ex-assessores presidenciais respondeu às intimações, incluindo os pedidos de documento que deviam ser entregues na quinta-feira.

A comissão de investigação, que está a enviar intimações a pessoas ligadas a Trump ou que estiveram na organização do comício na manhã de 06 de janeiro, agendou as entrevistas aos visados para esta semana.

Como Donald Trump já não se encontra no cargo, não pode impor diretamente o privilégio de manter as testemunhas em silêncio ou os documentos longe do Congresso, sendo que o atual presidente, Joe Biden, terá uma palavra a dizer.

Leia Também: Steve Bannon rejeita intimação da investigação ao ataque do Capitólio

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