Rússia. Médica de Navalny condenada a um ano de restrição de liberdade
Um tribunal de Moscovo condenou hoje uma das médicas do líder da oposição russa, Alexei Navalny, a um ano de restrição de liberdade por ter apelado aos russos para participarem em manifestações a seu favor.
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Mundo Rússia
Anastasia Vasilyeva, uma oftalmologista que lidera a Aliança dos Médicos, "não pode sair de casa entre as 22h00 e as 06h:00, não pode sair de Moscovo e não pode participar em eventos públicos", disseram os seus advogados.
Além disso, deve comparecer perante as autoridades de controlo duas vezes por mês.
A médica apelará da sentença no chamado "caso sanitário", de acordo com a sua equipa, citada pela agência de notícias espanhola EFE.
O chamado "caso sanitário" foi iniciado em janeiro deste ano, após protestos nas ruas não autorizados para exigir a libertação da Navalny.
A acusação alega que ao promoverem as manifestações, os arguidos levaram as pessoas a violar as normas sanitárias decretadas no âmbito da pandemia de covid-19.
O processo envolve vários dos colaboradores de Navalny, como o coordenador do seu gabinete em Moscovo, Oleg Stepanov, o número dois da oposição, Liubov Sobol, ou o seu irmão, Oleg Navalny.
Também foram acusados a secretária de imprensa da Navalny, Kira Yarmish, o chefe de campanha da oposição em Moscovo, Nikolai Liaskin, o deputado municipal Dmitry Baranovsky, e membros do grupo punk Pussy Riot, Maria Aliokhina e Lusya Stein.
Alguns dos colaboradores mais próximos do líder da oposição condenados neste caso deixaram o país devido a perseguição judicial.
Detido em janeiro após o seu regresso da Alemanha, onde recuperou de uma tentativa de envenenamento que atribuiu ao Kremlin, o opositor e militante anticorrupção foi condenado a dois anos e meio de prisão por um caso de fraude registado em 2014, e que denuncia como político.
Alexei Navalny, 45 anos, cumpre a sua pena na região de Vladimir, a uma centena de quilómetros de Moscovo.
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