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Grupos armados ilegais ativos na Colômbia concentram 13 mil membros

Os vários grupos armados ilegais atualmente ativos na Colômbia, como dissidentes das FARC ou paramilitares, têm cerca de 13 mil membros, revela um novo relatório do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz divulgado na quarta-feira.

Grupos armados ilegais ativos na Colômbia concentram 13 mil membros
Notícias ao Minuto

06:08 - 07/10/21 por Lusa

Mundo Colômbia

De acordo com o estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), os dissidentes das FARC [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia], que rejeitam o histórico acordo de paz assinado em 2016 com esta guerrilha marxista, são estimados em 5.200 combatentes, sendo 85% destes novos recrutas.

O detalhado relatório 'Pontos focais do conflito na Colômbia' destaca que, no total, as FARC atuam em 123 municípios de todo o país, um número que aumentou face a 2020.

Sem um comando unificado, os dissidentes estão hoje divididos em dois grupos principais, o 'Bloco Suroriental' com 2.700 combatentes e o 'Bloco Segunda Marquetália' com dois mil homens que estão sob o comando de Ivan Márquez, ex-líder das FARC.

Já um terceiro grupo, o 'Comando Coordinador de Occidente' conta com cerca de 500 combatentes.

Estas fações atuam de "forma independente e sem vínculo orgânico, como os galhos quebrados de um grande tronco de árvore", sem um verdadeiro "projeto de revolução ou cenário de guerra" contra o Estado colombiano.

O único grupo de guerrilha construído como tal e ainda ativo naquele país, o Guévariste ELN, conta com 2.450 combatentes, segundo estimativas da Indepaz.

Este está organizado em oito frentes, com um comando central e bem implantado em 136 municípios, acrescenta.

A maioria dos líderes não está na Colômbia e cada frente é autónoma nas suas ações militares e financeiras.

Os confrontos do ELN com as forças de segurança do Estado diminuíram, enquanto os confrontos com outros grupos armados ilegais aumentaram, especialmente ao longo da costa do Pacífico.

O Indepaz aponta ainda que o ELN não está numa fase de projeção política, de confronto com o Estado ou de estratégia para uma tomada de poder, estando focado "na defesa das suas áreas de influência e no controlo de sub-regiões".

O terceiro e principal ator de violência, os grupos 'narco-paramilitares', contam com cerca de 8.360 membros, mais de metade dos grupos armados ilegais no país sul-americano.

Estes são herdeiros dos paramilitares de extrema-direita, que surgiram na década de 1990 para combater as guerrilhas de extrema esquerda e são culpados de numerosos crimes, massacres e abusos.

O relatório destaca ainda, sem surpresa, que o 'Clã del Golfo' é o mais poderoso destes grupos, contando com entre 1.600 e 1.700 membros, muito à frente dos 'Caparros', 'Pachencas', 'Pelusas' ou 'Rastrojos'.

O 'Clã' atua em 80% dos 291 municípios onde os paramilitares estão localizados, registando um aumento significativo face a 2019 onde tinham presença constante em apenas 30 municípios.

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