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Eurodeputados só admitem PRR húngaro e polaco mediante salvaguardas

O Parlamento Europeu defendeu hoje que os Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) da Hungria e da Polónia só devem ser aprovados pela Comissão Europeia se os dois países respeitarem o Estado de Direito da União Europeia (UE).

Eurodeputados só admitem PRR húngaro e polaco mediante salvaguardas
Notícias ao Minuto

20:42 - 06/10/21 por Lusa

Mundo Parlamento Europeu

A posição foi manifestada num debate na sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, no qual "a maioria dos eurodeputados apelou a que o processo de aprovação [destes PRR] fosse mais transparente para lhes permitir compreender que medidas os governos húngaro e polaco tomaram para responder às preocupações sobre o Estado de direito e ataques ao sistema judicial, primado do direito da UE, contratos públicos, corrupção e tratamento desigual das minorias", assinala a instituição em comunicado.

"Muitos eurodeputados disseram também que a Comissão não deveria aprovar os planos a menos que todas as deficiências sejam devidamente tratadas de acordo com as regras de condicionalidade orçamental que protegem os interesses financeiros da UE", acrescenta o Parlamento Europeu.

Os eurodeputados garantem que "não estão a agir contra os cidadãos comuns húngaros e polacos", mas querem antes "certificar-se de que o dinheiro da UE vai para pessoas e empresas em necessidade e não para políticos corruptos".

Quase todos os países da UE têm então já os seus PRR aprovados pela Comissão para aceder às verbas pós-crise da covid-19, mas faltam a Polónia e a Hungria, que têm os processos bloqueados em Bruxelas devido ao necessário respeito pelo Estado de Direito para aceder a verbas comunitárias.

Intervindo hoje no debate, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, revelou que 22 dos 25 PRR apresentados tiveram já 'luz verde' do executivo comunitário, estando o polaco, o húngaro e ainda o sueco (por outras razões) a aguardar aprovação.

Por seu lado, a Bulgária e a Holanda ainda não apresentaram os seus PRR a Bruxelas porque tiveram eleições.

Até ao momento, um total de 19 Estados-membros da UE tiveram já 'luz verde' tanto da Comissão como do Conselho aos seus PRR: Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Letónia, Luxemburgo, Malta, Portugal, Eslováquia, Espanha, República Checa, Irlanda, Croácia, Chipre, Lituânia e Eslovénia.

Destes países, 16 já receberam o pré-financiamento previsto no seu plano, num total de 51,5 mil milhões de euros desembolsados pelo executivo comunitário até agora.

Portugal foi o primeiro Estado-membro a entregar formalmente em Bruxelas o seu PRR para aceder aos fundos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência -- elemento central do fundo de recuperação acordado na UE para superar a crise da covid-19 -- e o primeiro a vê-lo aprovado, tendo sido também dos primeiros países a receber verbas.

No início de agosto, a Comissão Europeia desembolsou 2,2 mil milhões de euros a Portugal referente ao pré-financiamento de 13% do PRR.

O PRR português, que recebeu 'luz verde' da Comissão em 13 de junho e foi formalmente aprovado pelo Conselho Ecofin exatamente um mês depois, tem um valor global de 16,6 mil milhões de euros, designadamente 13,9 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido e 2,7 mil milhões empréstimos em condições favoráveis.

Em causa está o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, avaliado em 672,5 mil milhões de euros (a preços de 2018) e elemento central do fundo de 750 mil milhões de euros aprovado pelos líderes europeus em julho de 2020 para a recuperação económica da UE da crise provocada pela pandemia de covid-19.

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