Desemprego de mulheres negras no país "é superior à média nacional"
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, considerou hoje elevada a taxa de desemprego das mulheres negras no país, sublinhando que está "acima da média" nacional.
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Mundo África do Sul
"Os indicadores mais recentes mostram que a taxa de desemprego entre as mulheres negras africanas é a mais alta, com 41% por cento, mais de quatro pontos percentuais acima da média nacional", referiu Ramaphosa na sua 'newsletter' semanal ao país divulgada hoje no sítio oficial da Presidência da República.
Ramaphosa considerou que a África do Sul "avançou" na promoção da igualdade de género desde a queda do regime do 'apartheid,' em 1994, em setores como "governo, sociedade civil, administração da justiça, desporto e cultura".
"Infelizmente, não registamos o mesmo progresso na economia", sublinhou.
O chefe de Estado salientou que no ano passado, o governo do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), o partido no poder de que também é presidente, anunciou uma quota de "pelo menos 40 por cento" das compras do setor público a "empresas de propriedade de mulheres".
"Embora alguns departamentos [públicos] tenham aumentado as suas despesas com aquisições em empresas pertencentes a mulheres, é necessário garantir que isso se traduza em crescimento e sustentabilidade tangíveis", frisou Ramaphosa.
"As mulheres continuam a ser priorizadas para oportunidades de trabalho por meio de uma série de programas de empregos públicos", adiantou.
Nesse sentido, o Presidente sul-africano indicou que 66% dos participantes na primeira fase do programa 'Estímulo Presidencial ao Emprego', eram mulheres que se candidataram a cargos na administração pública.
Na sua comunicação ao país, em inglês, Ramaphosa destacou ainda que: "Dos 206.000 hectares de terrenos do Estado disponibilizados no ano passado, 54.000 hectares - compreendendo 78 fazendas - foram atribuídos a mulheres beneficiárias".
O líder sul-africano sublinhou que o Governo visa alocar "pelo menos 50% das terras do Estado" a mulheres de forma a "aumentar o acesso das mulheres a terras produtivas para a agricultura".
"Também precisamos de abordar a representação inadequada de mulheres em cargos de gestão no setor privado", frisou o Presidente da República, acrescentando que "cerca de 67% dos cargos de gestão são ocupados por homens, comparativamente aos 33% por mulheres".
"Precisamos garantir maior proteção social e de outra natureza a mulheres empregadas no setor informal e em ocupações de trabalho elementar e doméstico", frisou o Presidente sul-africano.
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