Angela Merkel deu essas garantias ao líder do Conselho Presidencial de Transição na Líbia, Mohamed al-Menfi, numa conferência de imprensa conjunta antes da sua reunião, na qual devem abordar questões como o processo político, a retirada de mercenários e tropas estrangeiras e a consolidação económica do país.
A chanceler lembrou que as eleições parlamentares e presidenciais na Líbia estão marcadas para 24 de dezembro e destacou que os preparativos "ainda deixam muito a desejar" e que "muito há por fazer" neste sentido.
Merkel também declarou que é necessário avançar na retirada de mercenários e tropas estrangeiras do país, porque "o futuro da Líbia deve ser decidido pelas forças e cidadãos líbios" sem influência estrangeira.
A chanceler alemã acrescentou que o processo político e a retirada de mercenários e tropas estrangeiras devem ser acompanhada de uma "consolidação económica" e especificou que a estabilização económica não é possível se ao mesmo tempo houver "necessidade e escassez" no país.
"A Líbia é um país rico em si mesmo graças aos seus depósitos de petróleo, mas essa riqueza tem que estar disponível para o povo líbio", disse.
Merkel também destacou a importância do compromisso das empresas estrangeiras com a estabilização da economia e garantiu a disposição da Alemanha também neste sentido.
A líder alemã disse que uma solução diplomática para os problemas da Líbia é essencial em muitos aspetos, também para a paz não só naquele país, mas também em todo o continente africano.
Al-Menfi, por sua vez, agradeceu à Alemanha pelo "papel positivo" e pela contribuição para a estabilidade do país, em particular com a primeira e a segunda Conferência de Berlim sobre a Líbia, que resultaram no executivo líbio.
Após a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, a Líbia foi atingida pela violência e lutas entre líderes rivais no leste e oeste do país.
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