Oposição exige devolução de 150 milhões desviados no Ministério da Saúde
Os partidos de oposição na África do Sul instaram hoje o Governo do Congresso Nacional Africano a recuperar 150 milhões de rands (8,3 milhões de euros) resultantes de fraude e corrupção pública no Ministério da Saúde.
© Lusa
Mundo África do Sul
O Presidente da República, Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), partido no poder desde 1994, autorizou hoje a divulgação do relatório da Unidade de Investigações Especiais (SIU) à corrupção milionária no Ministério da Saúde sul-africano.
No relatório, apresentado em junho ao chefe de Estado sul-africano, a SIU implica altos funcionários do Ministério da Saúde e o ex-ministro Zweli Mkhize, juntamente com familiares diretos e seus associados, num esquema de corrupção milionário de campanhas de comunicação com verbas para o combate à covid-19.
A porta-voz para a área da Saúde do Aliança Democrática (DA, na sila em inglês), Siviwe Gwarube, referiu hoje ao portal News24 que o relatório da investigação da SIU aos contratos irregulares do Ministério da Saúde com a empresa de comunicação Digital Vibes, "descreve um Estado máfia em vez de uma democracia constitucional".
A responsável do DA instou o atual ministro da Saúde, Joe Phaahla, a "agir imediatamente" contra os implicados no escândalo de corrupção pública.
Por seu lado, o líder do Movimento Democrático Unido (UDM, na sigla em inglês), Bantu Holomisa, antigo membro do ANC no mandato do ex-presidente Nelson Mandela, questionou ainda se o atual Governo "irá agir para recuperar o dinheiro roubado e processar os responsáveis".
O deputado do Freedom Front Plus (FF+), Philip van Staden, sublinhou também à imprensa local que as pessoas implicadas "continuam afetas ao ministério a receber os seus salários por completo".
Além do ex-ministro Zweli Mkhize, que se demitiu em 05 de agosto, minutos antes de o Presidente Ramaphosa anunciar uma remodelação governamental após os violentos motins em julho, o relatório da SIU acusa ainda o diretor-geral da Saúde, Sandile Buthelezi, bem como o diretor-geral adjunto, Anban Pillay, e o diretor financeiro do ministério, Ian van der Merwe, segundo os partidos da oposição sul-africana.
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