"A nossa investigação revela que nas prisões do departamento da polícia de Brazzaville as condições a que são submetidos os detidos são horríveis e ultrapassam o limite da gravidade", lamentou o Centro de Ação para o Desenvolvimento (CAD).
O CAD observa que "as condições são comparáveis a tortura e a tratamentos cruéis, desumanos e degradantes", no âmbito de um inquérito que abrangeu o período de janeiro a agosto deste ano.
Alguns dos detidos na direção do departamento da polícia de Brazzaville vêm das prisões, uma medida para aliviar a sobrelotação das prisões durante o período da luta contra a covid-19.
"As celas estão sobrelotadas e infestadas de ratos, baratas, formigas, mosquitos e outros insetos. Há cheiros insuportáveis", disse Trésor Nzila, diretor executivo do CAD, citado pela agência de notícias AFP.
Contactadas pela AFP fontes do departamento de direitos humanos do Ministério da Justiça e Administração Prisional recusaram-se a comentar o relatório, que foi amplamente divulgado nas redes sociais.
"Tendo em conta a gravidade da situação nas celas (...) o CAD apela ao Governo para que tome medidas urgentes para aliviar o congestionamento, desinfetar e renovar as prisões", conclui o documento.
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