Onze homens acusados do rapto e violação de uma adolescente de 17 anos, em Marrocos, foram condenados a 20 anos de prisão, foi esta quarta-feira anunciado pelo advogado da vítima, de acordo com o Guardian.
O caso, que causou indignação no país africano, foi tornado público pela vítima, Khadija Okkarou, em 2018, quando tinha apenas 17 anos de idade.
Num vídeo, a adolescente descreveu o sofrimento que passou às mãos de um "gangue perigoso", que a raptou e manteve em cativeiro durante dois meses, sujeitando-a a tortura e violações.
Nas imagens, a jovem mostrou as marcas de violência, como queimaduras de cigarro e tatuagens que lhe foram feitas [imagem acima] em várias partes do corpo.
O advogado da vítima, Ibrahim Hachane, indicou que os acusados foram considerados culpados de violação, rapto e confinamento forçado, numa decisão pouco comum naquele país conservador, onde as mulheres vítimas de violação são muitas vezes culpabilizadas pelo crime.
O causídico sublinhou, porém, que não considera que a pena seja "dura o suficiente" e que vai recorrer da decisão, pedindo que lhes sejam aplicados, pelo menos, 30 anos de prisão.
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