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Clima. Joe Biden deve anunciar "boas notícias" na ONU sobre financiamento

O presidente dos EUA deve anunciar boas notícias" na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o financiamento dos países pobres na luta contra as alterações climáticas, disse hoje um dirigente da entidade, depois de uma cimeira sobre o tema.

Clima. Joe Biden deve anunciar "boas notícias" na ONU sobre financiamento
Notícias ao Minuto

06:55 - 21/09/21 por Lusa

Mundo Clima

Joe Biden, que deve fazer na terça-feira o seu primeiro discurso na ONU enquanto presidente norte-americano, esteve representado pelo seu enviado para a crise climática, John Kerry, durante este encontro, à porta fechada, organizado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

A reunião realizou-se quando faltam seis semanas para a realização da 16.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em Glasgow.

Os países desenvolvidos comprometeram-se em 2009, em Copenhaga, em mobilizar 100 mil milhões de dólares por ano, entre 2020 e 2025, para a assistência aos países do Sul, para lhes permitir a adaptação aos impactos do aquecimento global e a redução das suas emissões de gases com efeitos de estufa, recordou Guterres.

Mas este plano de financiamento, que deve ser anunciado durante a COP26, a decorrer entre 31 de outubro a 12 de novembro, está atrasado.

"Falhámos em 2019 em 2020. Os cálculos da OCDE mostram que faltam 20 mil milhões de dólares", realçou Guterres, que preveniu para "a erosão da confiança entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento".

A cimeira de hoje decorreu à porta fechada para permitir um diálogo "honesto", indicou um dirigente da ONU, na condição de a sua identidade não ser revelada.

"Ouvimos o representante dos EUA (dizer que) boas notícias estavam iminente", revelou, felicitando-se com "os sinais e as opiniões verdadeiramente positivos".

Boris Johnson ter-se-á mostrado menos diplomata, ao criticar alguns dirigentes.

"Estamos todos de acordo que é preciso fazer alguma coisa, mas confesso estar cada vez mais frustrado por 'esta coisa', com a qual muitos de vocês se comprometeram, não é suficiente", disse, segundo um texto divulgado pelo seu governo.

"São as maiores economias do mundo que causam o problema, mas são as mais pequenas que sofrem as piores consequências", contrastou.

A cimeira decorreu apenas alguns dias depois da publicação de um relatório da ONU que indicou que a limitação do aquecimento global a 1,5 graus centígrados (ºC) é impossível sem uma redução imediata e massiva das emissões de gases com efeito de estufa.

O Acordo de Paris, de 2015, sobre o combate às alterações climáticas, assinado durante a COP21, apelou a uma limitação ideal da subida média da temperatura global, em relação ao nível pré-industrial, de 1,5ºC.

Mas, na base dos compromissos atuais dos Estados-membros do Acordo, "o mundo está no caminho catastrófico de 2,7ºC", preveniu Guterres, sublinhando que, "se não se mudar de trajetória, há um grande risco de fracasso da COP26".

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