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Itália pede na ONU apostas na transição energética e descarbonização

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, pediu hoje aos países mais poluidores, mas também aos emergentes e em desenvolvimento, que apostem na transição energética e na descarbonização para preservar o ambiente.

Itália pede na ONU apostas na transição energética e descarbonização
Notícias ao Minuto

23:59 - 20/09/21 por Lusa

Mundo Clima

Disse-o na reunião virtual e à porta fechada, convocada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, tal como informou o governo italiano, para preparação da próxima cimeira sobre o clima, em Glasgow, no início de novembro.

Draghi recordou que a União Europeia (UE) comprometeu-se a reduzir as suas emissões em 55% até 2030 e conseguir a neutralidade carbónica até 2050, mas que é "responsável de apenas oito por cento das emissões globais".

Segundo o seu gabinete, Draghi disse que "estudos recentes mostram a interligação profunda entre a produção de energia, as emissões de gases com feitos de estufa e as alterações climáticas", pelo que "se devem convencer as pessoas e os países de todo o mundo de que a transição energética tem custos, mas também gera grandes benefícios".

Draghi acentuou ainda que "especialmente nos países emergentes e em desenvolvimento, a velocidade dos fluxos de investimento dirigidos para a energia limpa é crucial para conseguir os objetivos de desenvolvimento sustentável (...)", o que o levou a defender a "necessidade de fortalecer os esforços conjuntos para acelerar a eliminação gradual do carbono, tanto a nível nacional como internacional".

Considerou que os investimentos públicos dedicados à investigação e ao desenvolvimento devem ser uma prioridade em áreas estratégicas como a eletrificação, o hidrogénio, a bioenergia ou o armazenamento do carbono, "que hoje recebem apenas um terço do investimento público".

O chefe do governo italiano instou ainda a que não se reduzisse a luta contra as alterações climáticas devido à pandemia do novo coronavírus, salientando que se não se tomarem medidas "para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa" não se conseguirá conter o aquecimento global em até 1,5 grais centígrados.

Finalmente, afirmou que a Itália, enquanto presidente de turno do Grupo dos 20 (G20) copresidente da cimeira de Glasgow está a trabalhar para que a comunidade internacional estabeleça objetivos mais ambiciosos: "A Itália vai fazer a sua parte. Estamos prontos para anunciar um novo compromisso climático económico nas próximas semanas", disse.

Leia Também: Itália pede à UE uma decisão comum sobre realocação de migrantes

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