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Chefe do programa nuclear iraniano pede aos EUA para rever sanções

O chefe da Organização Iraniana de Energia Atómica (OIEA) pediu hoje a Washington para que reveja a sua estratégia de penalização a Teerão e suspenda todas as sanções.

Chefe do programa nuclear iraniano pede aos EUA para rever sanções
Notícias ao Minuto

14:38 - 20/09/21 por Lusa

Mundo Irão

"Esta é a hora de os Estados Unidos retificarem as suas más políticas e, desde já, removerem todas as sanções", disse Mohammad Eslami no primeiro dia da conferência anual da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump tinha abandonado unilateralmente o acordo nuclear internacional, em 2018, restabelecendo as sanções contra Teerão, acusado de não cumprir as regras do tratado assinado em 2015.

Em retaliação, o Irão tem vindo a deixar de cumprir os limites ao seu programa nuclear impostos pelo acordo, embora alegando que se trata de ações "com fins exclusivamente pacíficos".

Para tentar trazer de novo os Estados Unidos ao acordo, iniciaram-se em abril negociações indiretas, em Viena, entre iranianos e norte-americanos, mediadas pelos restantes países signatários do tratado (Alemanha, França, Reino Unido, China e Rússia).

Contudo, o processo está paralisado desde a eleição no Irão, em junho, que colocou no poder o Presidente ultraconservador Ebrahim Raïssi.

"O Presidente deixou claro que o seu Governo quer resultados. O objetivo das negociações é suspender a pressão injusta a que a nação iraniana está sujeita", insistiu Eslami na sua primeira intervenção na AIEA.

"O Governo norte-americano deve abandonar o seu vício de aplicar sanções unilaterais e respeitar o direito internacional", acrescentou o representante iraniano, que também é vice-Presidente do seu país.

No seu mais recente relatório, o órgão nuclear da ONU criticou a falta de cooperação do Irão, alegando que a sua missão de monitorização está a ser "seriamente prejudicada" pelos obstáculos colocados por Teerão.

Desde então, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, já teve a oportunidade de se deslocar ao Irão, para tentar resolver a questão da instalação de câmaras de vigilância nas infraestruturas iranianas, numa medida considerada essencial para dar tempo aos mecanismos diplomáticos.

Leia Também: Irão garante que não vai permitir ISIS na sua fronteira com Afeganistão

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