Rússia: Comissão Eleitoral denuncia ciberataques do exterior
A Comissão Eleitoral russa denunciou hoje ciberataques "do estrangeiro" direcionados aos seus recursos, no segundo dia da votação legislativa, pelos quais as autoridades pressionaram os gigantes da Internet.
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Mundo Rússia
O escrutínio, que se prolonga até domingo, surge depois de meses de repressão ao movimento do opositor Alexei Navalny e seus aliados, que apelaram aos russos que "votem com inteligência" escolhendo os candidatos em melhor posição para derrotar aqueles que estão no poder.
Hoje, as autoridades eleitorais afirmaram ter sofrido "três cibertaques" organizados "de países estrangeiros", refere a agência France-Presse.
De acordo com o responsável da Comissão Eleitoral, Alexandre Sokoltchouk, dois desses ataques cibernéticos direcionaram os recursos do 'site' da comissão e um terceiro tentou sobrecarregá-lo por negação de serviço.
"O ataque foi bastante poderoso", disse o responsável, citado por agências de notícias russas, garantindo que outros ataques estavam "em preparação" para domingo, o principal dia da votação, que também ocorre parcialmente na fila.
Alexandre Sokoltchouk não precisou quais os países que são acusados do ataque.
A oposição russa acusou, na sexta-feira, os gigantes americanos da internet Google e Apple de "censura" após a remoção de um aplicativo eleitoral móvel que tinha como objetivo dar instruções de voto aos russos.
As autoridades trabalham há meses para bloquear o acesso a estas instruções de voto elaboradas por Alexeï Navalny, atualmente detido, e cujas organizações foram classificadas como "extremistas".
De acordo com a lista de violações mantida pela Golos, uma organização não governamental de direitos eleitorais, mais de 2.700 irregularidades foram relatadas até o segundo dia da votação, incluindo preenchimento de boletins de voto e pressão para ir votar.
Hoje, o serviço de mensagens instantâneas Telegram anunciou que apagou o 'site' de Alexei Navalny, depois dos responsáveis pelas telecomunicações russas exigirem o bloqueio deste aplicativo, que incentiva a votar contra candidatos no poder.
Quase nenhum candidato que se opõe às políticas do presidente Vladimir Putin foi autorizado a concorrer às eleições legislativas, que deverá reconduzir sem surpresa o governante do partido Rússia Unida, apesar de ser muito impopular.
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