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ONU reúne-se de emergência sobre disparo de mísseis na península coreana

O Conselho de Segurança da ONU vai realizar hoje uma reunião de emergência sobre os mais recentes desenvolvimentos na península coreana, onde ocorreram disparos de mísseis balísticos, indicaram fontes diplomáticas.

ONU reúne-se de emergência sobre disparo de mísseis na península coreana
Notícias ao Minuto

20:28 - 15/09/21 por Lusa

Mundo Coreia do Norte

A reunião, que decorrerá à porta fechada e será informal, "foi pedida pela França e pela Estónia", precisou uma das fontes, citada pela agência francesa AFP.

A Coreia do Norte disparou hoje dois mísseis balísticos que caíram no mar do Japão e, horas depois, a Coreia do Sul fez o primeiro teste bem-sucedido com um míssil lançado de um submarino.

A Coreia do Sul, que não possui armas nucleares, está sob a proteção do "guarda-chuva nuclear" norte-americano, que garante uma resposta devastadora dos Estados Unidos em caso de ataque ao seu aliado.

No entanto, Seul tem acelerado os esforços para construir as suas armas convencionais, incluindo o desenvolvimento de mísseis mais poderosos.

Especialistas dizem que os avanços militares de Seul têm como objetivo melhorar a capacidade de ataques preventivos e destruir as principais instalações e 'bunkers' norte-coreanos.

Além do míssil lançado por submarino, a Coreia do Sul também testou um míssil a partir de um aparelho militar.

Horas depois do lançamento dos mísseis pelos dois países, o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, afirmou que a crescente capacidade balística da Coreia do Sul servirá como uma "dissuasão segura" contra as "provocações norte-coreanas".

Segundo a imprensa estatal de Pyongyang, Kim Yo-jong, a influente irmã e conselheira do Presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, condenou a "atitude ilógica de Seul", argumentando que, segundo a lógica da Coreia do Sul, os mísseis sul-coreanos são "ações legítimas para apoiar a paz", enquanto os norte-coreanos constituem "uma ameaça à paz".

Classificando como "uma provocação" a descrição dos testes balísticos da Coreia do Sul, Kim Yo-jong advertiu para os perigos de uma "destruição completa" das relações bilaterais, se o Presidente sul-coreano continuar a caluniar a Coreia do Norte.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, condenou o lançamento dos dois mísseis balísticos por Pyongyang, afirmando que, além de violar resoluções internacionais, representam "uma ameaça à paz e à segurança" do seu país.

Em declarações à imprensa, Suga expressou o seu "forte protesto" e argumentou que o teste "viola as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", garantindo que o Japão "está a acompanhar a situação".

Indicou igualmente que Tóquio convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, depois de os mísseis norte-coreanos atingirem as águas da zona económica exclusiva do arquipélago japonês.

A última vez que o regime norte-coreano disparou um míssil balístico foi no final de março passado, quando testou o que parecia ser uma versão do seu míssil KN-23, capaz de traçar trajetórias muito difíceis de intercetar.

Além disso, o teste de hoje ocorreu depois de os norte-coreanos terem anunciado, na segunda-feira, que tinham testado um novo tipo de míssil de cruzeiro no fim de semana.

Este armamento, devido ao seu alcance, capacidade de contornar os sistemas de deteção e potencial para carregar também ogivas nucleares, é considerado uma ameaça direta pelo Japão.

Leia Também: Coreia do Sul faz lançamento de míssil balístico a partir de submarino

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