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Pandemia ameaça esforços da conservação da vida natural em África

A pandemia de Covid-19 provocou pressões sobre as reservas de vida natural em África que ameaçam comprometer o sucesso de décadas de conservação, refere um inquérito da Tusk and Natural State junto de 60 organizações em 19 países africanos.

Pandemia ameaça esforços da conservação da vida natural em África
Notícias ao Minuto

17:46 - 15/09/21 por Lusa

Mundo Covid-19

"Os guardas-florestais e da vida selvagem africanos estão sobrecarregados e continuam a assistir a cortes drásticos nos recursos disponíveis para o seu trabalho e a um aumento da caça furtiva, devido ao impacto económico devastador da covid-19", afirma a organização não-governamental (ONG) num comunicado hoje divulgado.

Os guardas da vida selvagem não perspetivam "qualquer alívio", uma vez que "a pandemia de covid-19 continua a ter impacto nas comunidades e na vida selvagem de África".

"As pressões sobre as áreas protegidas de África ameaçam comprometer o sucesso de décadas de desenvolvimento e conservação", alertou a Tusk.

A organização explica que a crise da covid-19 eliminou o financiamento essencial para a proteção da vida selvagem que provém do turismo.

Em 2018, a economia global do turismo relacionado com a vida selvagem gerou mais de 100 mil milhões de dólares e proporcionou nove milhões de empregos, em todo o mundo.

A covid-19 resultou na eliminação radical das viagens transfronteiriças, afetando gravemente os países dependentes das receitas do turismo como uma parte significativa do seu Produto Interno Bruto.

O impacto da pandemia na geração de receitas pelo turismo "foi tão grave que quase metade das áreas protegidas em toda a África relataram que só poderiam manter operações básicas por um período de três meses, se as restrições impostas pelo combate à covid-19 continuassem a ser aplicadas", afirma a Tusk, que cita um estudo de julho de 2020.

As pressões económicas impostas pela covid-19 sobre as comunidades, e a redução da presença de guardas da vida selvagem, resultaram num aumento da caça furtiva, mas espera-se que a ameaça aumente ainda mais se as capacidades do combate às práticas criminosas se mantiveram baixas e à medida que as fronteiras internacionais sejam abertas.

"Tais dificuldades colocam grandes pressões adicionais sobre as áreas protegidas à medida que as comunidades aumentam a utilização de recursos naturais para sobreviver", alerta o comunicado.

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