Três acusados receberam pena suspensa pela participação num encontro ilegal ou por incitarem outros a participar.
A condenação surge dias depois de os três principais líderes da associação que organizava a vigília anual em Hong Kong em memória de Tiananmen terem sido acusados de incitamento à subversão.
Na sexta-feira, as autoridades judiciais apresentaram acusações de incitamento à subversão contra a organização Aliança de Hong Kong (HKA), contra o presidente Lee Cheuk-yan e os vice-presidentes Albert Ho e Chow Hang-tung, detido dois dias antes.
Além disso, a polícia anunciou o congelamento de 2,2 milhões de dólares de Hong Kong (239 mil euros) pertencentes à HKA.
Durante três décadas, a Aliança de Hong Kong reuniu dezenas de milhares de pessoas num parque, no dia 04 de junho, para uma vigília à luz das velas, em memória das vítimas do massacre de Tiananmen, em 1989, com slogans apelando à democracia na China.
Nos últimos dois anos, as vigílias foram proibidas, com as autoridades a invocarem a pandemia de coronavírus e ameaças à segurança nacional.
Um total de 26 ativistas são visados por terem participado na vigília de 2020.
Dois deles, Nathan Law e Sunny Cheung, fugiram da cidade, procurando obter exílio no estrangeiro, antes da primeira comparência do grupo em tribunal, em setembro de 2020.
Joshua Wong, Lester Shum, Tiffany Yuen e Janelle Leung foram condenados a penas de prisão no início deste ano por terem participado na vigília.
Os restantes oito arguidos, que se declararam inocentes, comparecerão no tribunal em novembro.
Em 09 de setembro, a polícia confiscou vários materiais do Museu 4 de Junho, encerrado há meses e dedicado à memória do massacre de Tiananmen.
Em maio do ano passado, na sequência das manifestações antigovernamentais que tomaram as ruas da região administrativa especial chinesa em 2019, Pequim aprovou a Lei de Segurança Nacional de Hong Kong, que prevê penas de prisão perpétua para casos de secessão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras, entre outros.
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