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São Tomé prepara remodelação governamental para ganhar nova dinâmica

O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe anunciou hoje uma "remodelação governamental" após a posse do futuro Presidente da República, no final deste mês, para "imprimir nova dinâmica" ao Governo, a um ano das eleições legislativas.

São Tomé prepara remodelação governamental para ganhar nova dinâmica
Notícias ao Minuto

07:08 - 11/09/21 por Lusa

Mundo São Tomé e Príncipe

"O Governo tem mais sensivelmente um ano de governação. Eu tenho que tirar ilações dos resultados. Precisamos de imprimir uma nova dinâmica na governação, ajustá-la para esta reta final, com maior dinamismo", disse Jorge Bom Jesus, em entrevista à agência Lusa.

O chefe do Governo escusou-se a revelar que pastas serão alvo desta remodelação, afirmando que ainda está a ponderar, nem precisou prazos.

"[A remodelação governamental] vai acontecer seguramente, é precisamente para reestruturar", comentou, acrescentando que "não vai tardar muito depois da tomada de posse" do próximo Presidente da República, Carlos Vila Nova, eleito no passado domingo, e que está prevista para o final deste mês.

"Até porque não há muito tempo", disse, numa alusão aos cerca de 13 meses que faltam para as próximas eleições legislativas.

O Governo liderado por Jorge Bom Jesus é suportado no parlamento pela chamada 'nova maioria', que reuniu, após as legislativas de 2018, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social-Democrata, o Partido da Convergência Democrática e a coligação UDD/MDFM, e que afastou do poder o vencedor das eleições, Ação Democrática Independente (ADI), partido do ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada, até então no poder.

"Certamente não poderemos fazer tudo, até porque já fomos muito penalizados pela pandemia", lamentou.

Bom Jesus recordou que chegou ao poder em dezembro de 2018 e, no ano seguinte, só em outubro foi possível assinar o programa trienal de apoio com o Fundo Monetário Internacional, que "é a chave que abre as outras portas", como a União Europeia ou o Banco Mundial e outros parceiros, que "dependem muito das informações de desempenho macroeconómico, os indicadores do défice orçamental, entre outros".

"Já em finais de 2019 começámos a intervir mas em 2020 apanhámos esta grande pancada, esta grande crise pandémica, que abalou o mundo. Portanto passámos praticamente todo 2020 nisto, em 2021 as eleições [presidenciais] que acabamos de enfrentar", comentou.

Bom Jesus também disse estar ainda a pensar se chamará um novo ministro para as pastas da Defesa e Ordem Interna, que assumiu interinamente após a exoneração do anterior responsável, Óscar Sousa, há cerca de um mês, entre a primeira e a segunda voltas das eleições presidenciais.

Sobre os acontecimentos que levaram à exoneração do então ministro, o primeiro-ministro revelou que os serviços de informação ainda não entregaram o relatório que lhes solicitou, mas indicou que "a primeira constatação" é a de que esteve em causa um problema de saúde, mas que o ex-governante, que foi enviado para Portugal num voo fretado, está a melhorar.

No início de agosto, a ADI denunciou uma "intentona golpista" envolvendo o então ministro. Bom Jesus pediu a exoneração do ministro e anunciou um inquérito sobre "algumas estranhas movimentações" e a "uma alegada tentativa de subversão da ordem constitucional".

Óscar Sousa, histórico titular destas funções em diferentes governos, foi medicado devido a problemas psiquiátricos e retirado do país num voo fretado, tendo estado internado no hospital das Forças Armadas, em Lisboa.

A família emitiu um comunicado a lamentar o "aproveitamento político" desta "situação dolorosa".

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