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Nuclear: Rússia pede aos EUA para restabelecer acordo com Irão

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Riabkov, pediu hoje aos Estados Unidos que retomem as negociações destinadas a salvar o acordo nuclear iraniano de 2015, abandonado por Washington em 2018.

Nuclear: Rússia pede aos EUA para restabelecer acordo com Irão
Notícias ao Minuto

14:53 - 09/09/21 por Lusa

Mundo Nuclear

"Acreditamos que o acordo é único e que seria importante preservá-lo (...). Apelamos à responsabilidade e ao bom senso dos americanos, até porque ninguém ganhará com a sua ausência", disse Riabkov, citado pela agência russa Interfax.

Segundo o diplomata russo, o fracasso do acordo nuclear não aumentará a segurança, afetará o regime de não proliferação de armas nucleares e gerará tensões no Oriente Médio.

Riabkov disse que tanto Moscovo como Washington compartilham a perceção de "necessidade de avançar nas negociações, que devem ser retomadas no ponto em que foram interrompidas em junho passado" devido à mudança de Governo no Irão.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia lembrou que a retoma das negociações foi discutida com o enviado especial dos Estados Unidos ao Irão, Robert Malli, durante a sua visita a Moscovo, nos dias 8 e 9 de setembro.

O diplomata russo acrescentou que os países e organizações envolvidos no acordo nuclear iraniano mantêm "contactos diários em diferentes níveis".

"Procuramos criar um ambiente propício para um trabalho político intenso", explicou Riabkov, indicando que, nos próximos dias, esses contactos se concentrarão na preparação de importantes reuniões multilaterais em Viena, que incluem uma sessão do conselho de governadores e uma conferência geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

Esta organização alertou na terça-feira para o facto de o Irão continuar a enriquecer urânio em níveis próximos ao necessário para fabricar armas atómicas e insistir em bloquear inspeções internacionais, o que afeta a capacidade da AIEA em monitorizar o programa nuclear iraniano.

O acordo foi assinado entre o Irão e seis grandes potências (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) para limitar o programa atómico iraniano em troca de alívio de sanções internacionais; contudo, em 2018, Washington retirou-se do tratado e voltou impor medidas punitivas a Teerão.

Perante esta situação, em 2019, o Irão passou a ultrapassar os limites de quantidade e pureza de urânio e, em fevereiro deste ano, suspendeu mesmo a aplicação do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação Nuclear sobre a realização de inspeções surpresa.

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