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PPE lança processo para escolha de candidato à presidência do Parlamento

O Partido Popular Europeu (PPE) lançou hoje o processo interno para a escolha do seu candidato a presidente do Parlamento Europeu, cargo que reclama na segunda metade da legislatura, no quadro de um acordo em 2019 entre os três maiores grupos da assembleia.

PPE lança processo para escolha de candidato à presidência do Parlamento
Notícias ao Minuto

11:19 - 08/09/21 por Lusa

Mundo Parlamento Europeu

Também hoje, o presidente da bancada parlamentar do PPE, Manfred Weber, anunciou que não é candidato a presidente do Parlamento Europeu, mas sim à presidência do partido, cargo que vai ficar vago dado Donald Tusk ter decidido regressar à cena política polaca, dando ainda conta da sua intenção de se recandidatar a líder do grupo na assembleia.

Numa resolução hoje adotada, o grupo do PPE, o maior do Parlamento Europeu e que integra as delegações de PSD e CDS-PP, reafirmou a sua intenção de ocupar a presidência da assembleia a partir de janeiro de 2022, recordando o "acordo político que foi alcançado entre os grupos do PPE, do S&D [Socialistas e Democratas] e do «Renew» [Liberais] em 03 de julho de 2019", no seguimento das eleições europeias celebradas em maio desse ano.

Esse acordo, sublinha a resolução de hoje, contemplava "o compromisso claro" de os três maiores grupos do parlamento elegerem o candidato dos socialistas europeus para presidente do Parlamento para a primeira metade da legislatura de cinco anos -- o que sucedeu, com a eleição do italiano David Sassoli -- e o candidato do PPE para a segunda metade, uma prática já antiga.

"Tendo em conta o espírito de cooperação leal com que este acordo foi honrado para a primeira metade da legislatura", o PPE reivindica então a presidência da assembleia na segunda metade da legislatura, entre janeiro de 2022 e até às eleições de 2024, exortando os grupos S&D e «Renew» a respeitarem o compromisso político entre as três forças em julho de 2019.

O PPE dá ainda conta de concluir o processo de nomeação do seu candidato "o mais tardar em novembro" próximo.

Aquele que seria o candidato mais óbvio do grupo à presidência, o seu líder parlamentar, Manfred Weber, afastou-se hoje da 'corrida', ao anunciar, na sua conta oficial na rede social Twitter, que pretende suceder a Tusk na presidência do próprio partido, assim como recandidatar-se a líder da bancada do PPE.

"A minha ambição é ser reeleito presidente do grupo PPE. O meu trabalho no grupo PPE ainda não está terminado. A nossa missão de reanimar a democracia cristã e os partidos de centro-direita na Europa ainda não terminou. Consequentemente, não me candidatarei a presidente do Parlamento Europeu", justificou.

Quanto à ambição de ser presidente do PPE, sublinha que todos no grupo "apoiam e admiram" a decisão de Donald Tusk, antigo presidente do Conselho Europeu, de "regressar à Polónia e lutar por um futuro melhor para o seu país" e assume que "seria uma grande honra suceder-lhe e continuar a construir um partido mais unido e bem sucedido rumo às próximas eleições de 2024".

A confirmar-se a eleição do candidato do PPE para a presidência do Parlamento Europeu a partir de janeiro do próximo ano, o partido passará então a acumular as presidências da assembleia e da Comissão Europeia (Ursula von der Leyen), sendo que o Conselho Europeu 'pertence' aos liberais (Charles Michel), o que significa que, entre os chamados cargos de topo institucionais da UE, os socialistas europeus só manteriam o de Alto Representante para a Política Externa (Josep Borrell).

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