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Fogo em prisão superlotada mata 41 na Indonésia. Português entre vítimas

"Fogo espalhou-se rapidamente e não houve tempo suficiente para abrir algumas celas", explicou o ministro da Justiça da Indonésia. Há ainda vários feridos graves que foram transportados para hospitais na cidade de Tangerang.

Notícias ao Minuto

10:34 - 08/09/21 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Indonésia

Pelo menos 41 presos morreram, entre eles um cidadão português, e dezenas de outros ficaram feridos num incêndio que eclodiu durante a noite passada numa prisão indonésia superlotada na região de Jacarta.

O incêndio ocorreu na prisão de Tangerang, uma cidade a oeste da capital da Indonésia.

"O fogo espalhou-se rapidamente e não houve tempo suficiente para abrir algumas celas", explicou o ministro da Justiça, Yasonna Laoly, durante uma conferência de imprensa.

O responsável acrescentou que "40 pessoas morreram no local, outra morreu a caminho do hospital", e foram identificados oito detidos gravemente feridos.

Funcionários da Cruz Vermelha da Indonésia retiraram dezenas de vítimas para as ambulâncias e outras dezenas de corpos em sacos cor de laranja foram colocados numa sala da prisão de Tangerang, nos arredores de Jacarta, que acolhia principalmente detidos por tráfico ou consumo de drogas.

Os cadáveres das vítimas foram enviados para um hospital no leste de Jacarta, onde serão identificados. Testes de ADN serão necessários para algumas vítimas, lembrou o ministro da Justiça.

Os feridos graves foram transportados para hospitais na cidade de Tangerang e aqueles com ferimentos mais leves foram levados para uma clínica próxima do estabelecimento prisional.

Marlinah, familiar de uma das vítimas do incêndio, foi ao hospital para identificar o corpo: "Vim assim que recebi a notícia sobre meu irmão mais novo, Muhammad Yusuf (...) Fui informada de que meu irmão nos tinha deixado e que o bloco C2 tinha ardido", disse a mulher à Agência France Presse.

O edifício que ardeu também estava superlotado, reconheceu a porta-voz da direção-geral das prisões, Rika Aprianti. "A capacidade máxima do Bloco C era de 40 pessoas, mas era usado para 120 detidos", disse a responsável à Metro TV.

As prisões indonésias têm muitas vezes degradadas condições sanitárias e estão superlotadas. É bastante comum que os detidos fujam ou se revoltem contra as condições desumanas em que vivem.

Leia Também: Português entre as vítimas mortais de incêndio em prisão na Indonésia

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