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Palestiniano de 26 anos morto em protesto junto à fronteira com Israel

Um palestiniano foi morto por tiros de forças israelitas na noite de hoje durante um protesto junto à fronteira israelita, informaram as autoridades de saúde de Gaza, citadas pela agência AP.

Palestiniano de 26 anos morto em protesto junto à fronteira com Israel
Notícias ao Minuto

23:48 - 02/09/21 por Lusa

Mundo Israel

As autoridades de saúde palestinianas adiantaram que Ahmad Saleh, 26, foi morto a tiro perto de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza.

O caso ocorreu numa altura em que centenas de palestinianos participaram em protestos realizados em cinco locais, exigindo o fim do bloqueio de 14 anos de Israel à Faixa de Gaza.

Os governantes do Hamas naquele território organizaram vários protestos idênticos nas últimas duas semanas. Em algumas situações, os protestos tornaram-se violentos, com as multidões a queimar pneus e a atirar artefactos explosivos contra os soldados israelitas.

Os mentores dos protestos divulgaram uma foto de Saleh, vestindo calções e uma camisola preta, e estando de pé na praia, com a seguinte legenda: "Que Deus te aceite Ahmad como um mártir dos distúrbios noturnos".

As mesmas autoridades de saúde revelaram ainda que outras cinco pessoas ficaram feridas por fogo israelita, incluindo um rapaz de 15 anos, que ficou em estado grave.

Os militares israelitas justificaram que os manifestantes lançaram dispositivos explosivos e os soldados tiveram que responder com tiros.

Saleh tornou-se o terceiro palestiniano a morrer nos recentes protestos, juntamente com um rapaz de 12 anos e um militante do Hamas. Do outro lado, um atirador israelita foi morto quando foi baleado na cabeça à queima-roupa por um manifestante.

Israel e Egito impuseram o bloqueio em 2007, após o Hamas tomar o controlo de Gaza à Autoridade Palestina reconhecida internacionalmente.

Esta tomada de poder ocorreu um ano depois de o Hamas derrotar o movimento rival Fatah, que dominava a Autoridade Palestina, nas eleições legislativas.

Israel diz que o bloqueio é necessário para impedir que o Hamas, um grupo militante islâmico que jurou destruir Israel, se arme. Os críticos dizem que o fechamento, que afetou fortemente a economia local devido às restrições de viagens e comércio, representa uma punição coletiva.

Israel e o Hamas envolveram-se em quatro guerras desde 2008, a mais recente em maio passado.

Israel apertou o bloqueio após os combates e apenas durante esta semana suspendeu a maioria das medidas, enquanto o Egito tenta mediar um cessar-fogo de longo prazo.

Israel exigiu que o Hamas liberte dois civis israelitas feitos prisioneiros e devolva os restos mortais de dois soldados israelitas mortos como parte de um acordo mais amplo entre as partes em conflito.

O Hamas considerou as últimas medidas israelitas "insuficientes" e ameaçou continuar com as manifestações até que o bloqueio a Gaza seja aliviado.

"A nossa posição é que isso é insuficiente e não substitui medidas alargadas que iriam permitir um avanço real no nível de vida em Gaza", vincou o Hamas.

Leia Também: Novo máximo de contágios em Israel apesar de baixarem os casos graves

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