Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
24º
MIN 13º MÁX 24º

Acordo nuclear: Negociações pouco prováveis antes de 2 a 3 meses

As discussões iniciadas em abril em Viena para tentar salvar o acordo internacional sobre o nuclear iraniano não deverão recomeçar antes de dois ou três meses, segundo Teerão.

Acordo nuclear: Negociações pouco prováveis antes de 2 a 3 meses
Notícias ao Minuto

17:29 - 01/09/21 por Lusa

Mundo Irão

Patrocinadas pela União Europeia, as negociações visam reintegrar os Estados Unidos no pacto, denunciado em maio de 2018 pelo ex-Presidente norte-americano Donald Trump, e fazer com que o Irão volte a cumprir integralmente os compromissos internacionais relativos ao seu programa nuclear.

As negociações foram suspensas em 20 de junho, dois dias após a vitória do ultraconservador Ebrahim Raissi para a presidência da República Islâmica e ainda não foi anunciada qualquer data para o seu recomeço.

"Não estamos a tentar fugir da mesa de negociações", mas "a outra parte sabe muito bem que é necessário um processo de dois a três meses para estabelecer o novo governo e tomar qualquer decisão", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano numa entrevista divulgada na terça-feira à noite pela televisão estatal.

Hossein Amir Abdollahian assegurou que as discussões em Viena são "uma das questões na agenda da política externa e do governo" do Irão.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, pediu hoje ao seu homólogo iraniano uma "retoma imediata" das negociações sobre o nuclear.

"O ministro sublinhou a importância e a urgência de uma retoma imediata das negociações, suspensas pelo Irão desde o mês de junho", declarou um porta-voz adjunto do Quai d'Orsay, após uma conversa telefónica entre os chefes da diplomacia dos dois países.

O acordo de Viena ofereceu ao Irão um levantamento das sanções ocidentais em troca do seu compromisso de não tentar obter a arma atómica e de uma redução drástica das suas atividades nucleares.

Quando abandonou o acordo, Washington restabeleceu severas sanções à República Islâmica e esta em represália tem vindo desde 2019 a romper com a maioria dos seus compromissos no pacto. O Presidente norte-americano, Joe Biden, pretende que o país regresse ao acordo.

As discussões em Viena envolvem o Irão e os restantes cinco Estados signatários do acordo de 2015 (Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia). Os Estados Unidos participam indiretamente.

Leia Também: Irão. Chefe da diplomacia diz ter sido convidado para ir a Paris

Recomendados para si

;
Campo obrigatório