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Alemanha. Abstenção e voto por correspondência devem aumentar face a 2017

A abstenção na Alemanha, que chegou, em 2017, aos 24,4%, deverá crescer para 26%, de acordo com as últimas sondagens, assim como a votação por correspondência, que deverá quase duplicar nas eleições legislativas de 26 de setembro.

Alemanha. Abstenção e voto por correspondência devem aumentar face a 2017
Notícias ao Minuto

08:32 - 30/08/21 por Lusa

Mundo Alemanha/Eleições

Se as eleições para escolher um novo chanceler fossem hoje, e de acordo com uma sondagem revelada pelo Instituto Forsa no dia 24 de agosto, a abstenção poderia chegar aos 26%, isto é, o dobro do resultado das intenções de voto atribuídos ao partido Verdes.

No escrutínio de 2017, não foram votar 24,4% dos eleitores. A União Democrata-Cristã (CDU), partido de Angela Merkel, conseguiu superar este valor, conquistando 24,9% dos votos.

"Tem havido uma descida na participação nos últimos anos", observou o politólogo Edgar Grande, em declarações à agência Lusa, "as eleições de 2017 foram uma exceção, devido à mobilização causada pelo movimento de extrema-direita".

"Não espero uma mobilização semelhante desta vez, pelo contrário. Ainda assim, é preciso não esquecer que as eleições regionais em Berlim e em Meclemburgo-Pomerânia Ocidental vão contribuir para uma maior afluência às urnas. Isso pode ajudar sobretudo o Partido Social Democrata (SPD), que governa nos dois Estados", acrescentou o diretor e fundador do Centro de Investigação da Sociedade Civil, que integra o Centro de Ciências Sociais de Berlim (WZB).

Edgar Grande alerta também para o facto de a abstenção predominar sobretudo em classes mais baixas.

Nestas eleições que decidem o sucessor de Angela Merkel, o voto por correio deverá quase duplicar, devido principalmente à pandemia de covid-19. Se em 2017 a percentagem chegava aos 28,6%, nesta votação, pode atingir os 50%.

O voto por correio foi introduzido na Alemanha em 1957, mas, até 2008, todos os que quisessem optar por esta modalidade deveriam candidatar-se, explicando o motivo.

Atualmente, todos os eleitores recebem automaticamente notificações várias semanas antes das eleições, informando-os sobre o local de voto. Com este papel, podem votar presencialmente ou pedir que o seu boletim de voto seja enviado para o domicílio.

"O dia das eleições está a perder significado. Esse é o dia em que são conhecidos os resultados, mas não o dia em que domina o voto, já que muitos o fazem previamente", apontou Edgar Grande.

As eleições para escolher o novo chanceler da Alemanha estão marcadas para o próximo 26 de setembro.

Leia Também: Social-Democratas lideram sondagem na Alemanha pela 1.ª vez desde 2006

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